ArtigosJ.R. Guedes de Oliveira

Enéas Salati

Enéas Salati – Professor e pesquisador. Nasceu em Capivari/SP, no dia 6 de agosto de 1933. Casou-se com Theresinha Zurk Salati, tendo o casal 4 filhos: Enéas Filho, Eneida, Elisabeth e Eduardo.

Formou-se na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em 1955, onde também obteve o título de doutor (1958) e a livre-docente (1960).

Foi diretor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena-USP), entre 1981 e 1985, do Instituto de Física e Química da USP em São Carlos, entre 1976 e 1979, e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), entre 1979 e 1981.

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Foi ainda diretor técnico da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), assessor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e consultor do Banco Mundial e da International Finance Corporation (IFC).

Enéas Salati
Enéas Salati

Ao longo da carreira, teve 146 trabalhos publicados, orientou seis dissertações de mestrado e sete teses de doutorado. No Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), em Piracicaba, laboratório o qual planejou e construiu e do qual foi diretor entre 1981 e 1985, Eneas se valeu do uso de um espectrômetro de massa, equipamento ainda novo no Brasil na época, onde estudou amostras do vapor atmosférico com várias posições dentro da bacia do Rio Amazonas.

Pela primeira vez, ele conseguiu medir os fluxos de água que vêm do oceano para dentro da bacia amazônica até, mais ou menos, a Cordilheira dos Andes. O estudo pioneiro indicou que as moléculas de água, vindas do oceano por sobre a floresta, ao serem evaporadas, voltam em forma de chuvas. Tal pesquisa cunhou o termo “rios voadores”, ao medir os vários milímetros de chuva que são carregados pelas nuvens no trajeto.

Faleceu em Piracicaba, SP, no dia 5 de fevereiro de 2022, aos 88 anos de idade. Ele tinha a doença de Alzheimer já havia alguns anos e estava bastante debilitado. Seu corpo foi cremado e a seu pedido, suas cinzas foram espalhadas na reserva florestal Adolpho Ducke, em Manaus.

Fonte: Esalq, Inpa e O Organizador.

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