Editorial

Editorial: Vício morrinhento

13/03/2015

Editorial: Vício morrinhento

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Foto: Prizucca/Creative Commons

Sem generalizar e já pedindo desculpas aos rafardenses que tanto labutaram bravamente pela emancipação deste chão, e aos que até hoje travam duras batalhas em busca do desenvolvimento da querida Cidade Coração, mas é preciso externar tamanha indignação aos vícios de alguns que aqui residem e perduram em plena comemoração do cinquentenário.

Há quem diga o quão difícil é progredir nesta terra. Também os que murmuram a árdua sobrevivência de um comércio e empresa local. E porque não dizer da eterna dependência da co-irmã Capivari e a constante migração dos jovens que tentam a vida em qualquer outro canto que não este.

Muitas destas lamentações têm explicação!

É válido e necessário pontuar vícios negativos que corroboram para a manutenção da famosa história que diz que a grama do vizinho sempre parece mais verde. Ora, se a grama do vizinho parece mais verde, é porque as pessoas estão olhando demais para ela e se esquecem de regar a sua, ou realmente estão mais viçosas e atraentes.

O falido discurso – utilizado constantemente pelos políticos em período eleitoral – de que é preciso dar prioridade às pessoas da cidade, infelizmente, não passa de blábláblá político. Neste mundo, se dá bem quem tem QI – traduzindo: quem indica.

É um tempo em que as qualidades, valores e competências são deixados de lado. Onde quem pode mais chora menos.

Esquecidos, estrelas, revelações e craques vão debandando a todo momento, sem mesmo serem descobertos dentro de seu próprio berço.

Ora, porque logo aqui ao lado o reconhecimento é instantâneo e as habilidades são exploradas a contento?

A explicação pode estar na falta de capacidade e perspicácia, e porque não dizer da falta de inteligência dos detentores do poder de saber explorar e lapidar tais joias.

Dito isto, a tarefa mais árdua é ter de suportar pessoas ignorantes, amadoras e doutrinadas a falar mal do próximo, diminuindo e tentando abafar tamanhos adjetivos. Fica claro e notório que os chupins de plantão sobrevivem, até que um dia o ninho do outro mude de lugar.

Refletido isso, que a sociedade seja mais madura e saiba reconhecer e explorar os seus talentos, caso contrário, o tempo não vai passar pelas bandas de cá.

Aproveitando tal desabafo, vale externar o convite a cada cidadão indignado com a atual situação do país, a participar do ato democrático que acontece neste domingo, 15, na Praça Central de Capivari. Que a mobilização não se atenha apenas ao pedido de impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff, mas que abra uma nova visão sobre a importância da participação popular na política nacional.

O Brasil merece respirar novos ares!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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