A temporada do futebol paulista nunca foi tão esperada pelos capivarianos. Em 2015, o Leão da Sorocabana disputa a elite do estadual pela primeira vez em 96 anos, história carimbada no último domingo, 30, na cidade de Paulínia, em jogo contra o campineiro Guarani. No entanto, parafraseando o slogan da atual administração, o Capivariano merece mais. Merece, agora, também ser o campeão da Série A2.
Se isso vai acontecer, descobriremos amanhã. Vencendo a partida contra o Velo Clube, no Estádio Benito Agnello Castelano, em Rio Claro, o time da terra dos poetas garante o título, mesmo faltando uma rodada para o fim do campeonato.
Mas se a vitória dependesse da torcida, o Leão, sem dúvidas, já poderia comemorar tranquilo. Em todos os jogos, os capivarianos estão presentes em peso. Com o coração, os torcedores depositam todas as melhores energias possíveis em cima dos jogadores vermelho e branco. E isso, com certeza é essencial em cada resultado.
Coragem, garra, organização e humidade não são características apenas do time, mas dos que acompanham cada conquista e também os tombos. No entanto, como não dá para agradar a todos sempre, muitos são os que ainda só sabem enxergar o lado negativo da coisa, como por exemplo, questionar os investimentos no esporte em comparação com outros setores do poder público.
Sem perceber, os fiéis torcedores não clamam apenas por acessos ou títulos. Agora, com o Capivariano na primeira divisão, os mais renomados times paulistas virão à cidade para disputar o Paulistão. Com certeza, o Governo Municipal não vai querer mostrar um bairro esburacado, que é hoje – e desde sempre – o Engenho Velho, onde funciona o Estádio Carlos Colnaghi, para os torcedores vindos de outras localidades e até da capital. Ou vai?
Além disso, este semestre a Guarda Municipal teve um sonho realizado, que foi a inauguração do canil. Os cinco cães da corporação serão utilizados, principalmente, no policiamento ostensivo durante as partidas, isso porque eventos grandes implicam no aumento do efetivo de policiais, a fim de reforçar a segurança dentro e fora dos gramados.
Uma conquista como a do Capivariano contribui, e muito, para estimular crianças e jovens a praticarem esportes e terem uma vida mais saudável. Se forem criadas equipes de base, a cidade pode ter talentos revelados, como o jogador Bruno Uvini, que num passado pouco distante não teve essa oportunidade em Capivari, mas foi descoberto no Pão de Açúcar (atual Audax) e revelado pelo São Paulo Futebol Clube.
De volta ao país como reforço do Santos, depois de dois anos morando na Itália para jogar pelo Napoli, o jovem zagueiro de apenas 22 anos é um bom exemplo a ser seguido em busca de novos atletas, os quais podem agora defender o time da terra natal com o mesmo glamour das equipes de elite.
Um estádio sempre em ordem também pode gerar empregos, bem como a demanda por profissionais altamente qualificados para caminharem ao lado do Leão da Sorocabana. Enfim, são várias as vantagens. É só parar e refletir.
Que a mesma esperança e torcida sejam renovadas e depositadas nessa nova fase da história do futebol de Capivari e igualmente no desenvolvimento da cidade, isto é, com saúde de primeira, educação campeã, segurança de elite e moradias dignas para todos. Salve a garra e a força do Leão!