24/10/2014
Editorial: Roubando a cena
Às vésperas da eleição presidencial no Brasil, os principais assuntos discutidos em Capivari são outros. No início da semana, o comerciário Márcio Moreira, atual presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio da Região de Capivari, convocou a imprensa e denunciou a gestão da tão ‘surrada’ instituição Santa Casa de Misericórdia de Capivari, de estar dificultando a montagem de uma chapa de oposição para concorrer à eleição da nova diretoria, que deve ocorrer em dezembro.
Apesar de ser comparada a uma bomba atômica ou um buraco sem fundo, é de se causar estranheza o interesse de lideranças em querer assumir essa batata quente. Enfim, em meio a acusações e propostas, Moreira disparou que a instituição necessita de mudanças drásticas, como mais transparência, atendimento humanizado aos pacientes e reconhecimento salarial dos funcionários da entidade. A cobertura completa do assunto você confere na edição desta semana, na página 12.
Diz a velha máxima que quando a água bate na bunda os atingidos entram em pânico. Mesmo não sendo para tanto, o prefeito de Capivari, Rodrigo Proença, convocou a imprensa na tarde de quinta-feira, 23, e tornou público algumas restrições no uso da água, para que o serviço continue a atender as necessidades fundamentais da população.
As diretrizes das ações estão contidas em forma de projeto de lei, que dará entrada na próxima da sessão do Legislativo e deve ser colocado para votação em regime de urgência. No entanto, Proença alertou que não há motivo para pânico. A medida prevê a garantia da saúde e manutenção da qualidade de vida da população, que depende da preservação da água, enquanto recurso natural, finito e escasso. O projeto prevê a adoção pelo gestor dos recursos hídricos, no caso Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Capivari, de medidas de contingências e de emergências, inclusive racionamento.
Mesmo acompanhando a crise da falta de água que se alastra por diversos municípios brasileiros, a maioria das pessoas relutam em economizar e seguem esbanjando num consumo exagerado. Infelizmente, falta de consciência e respeito deve ser sensibilizado com mais do que orientação, medidas de paralisação no fornecimento carecem ser tomadas neste momento, para que o caos não se aloje por aqui também.
Nos dias de hoje, a expressão ‘a gente nunca acha que vai acontecer com a gente’ deve ser tratada como ignorância perante a uma tragédia anunciada. Culpar a natureza ou explanar balelas de sua revolta não adianta mais, o importante mesmo é colocar em prática o que foi planejado para minimizar a situação. Caso contrário, é hora de começar a pedir a São Pedro que mande água, e que ela “venha de mansinho sem fazer barulho, não precisa dizer dia nem hora para que me poupe a ansiedade… somente venha e faça valer a pena tanta espera”.
E neste domingo, 26, que não falte consciência também na hora escolher os rumos do país. O nosso futuro depende das atitudes tomadas hoje.
Pense nisso!