Editorial

Editorial – Povo enfurecido

Enquanto o Governo Federal anuncia o Programa de Investimentos em Logística que prevê a aplicação de R$ 133 bilhões em rodovias e trechos de ferrovias, sem contar os valores de investimentos que por aí virão para portos e aeroportos, a população da pequena, distante e esquecida cidade do interior de São Paulo – Rafard – sofre com os repentinos cortes realizados pela administração pública municipal.
O corte do reembolso escolar, que era pago como auxílio transporte aos mais de 180 alunos do ensino superior prevê uma redução de cerca de R$ 20 mil por mês. Na merenda escolar, segundo o prefeito e a própria Diretora de Educação, houve apenas uma reestruturação de cardápio, as falácias de corte de pão e leite eram só ‘boataria’. Já os remédios de alto custo, esses sim vão fazer falta para os que mais necessitam e carecem de uma atenção especial e uma avaliação criteriosa, precisa e coerente. A verdade é que o povo está enfurecido.
A justificativa do Executivo – redução de gastos para fechar as contas no fim do ano pelo motivo da queda na arrecadação municipal e diminuição dos repasses do FPM e IPI do Governo Federal.
Além dos cortes já confirmados, outros tantos devem vir por aí, como também a redução de alguns gastos avaliados como ‘supérfluos’ por uns e necessários por outros.
Não queremos aqui botar em ‘xeque’ a lisura da atual administração, mas o povo cobra por mais transparência e informação nos atos públicos, afinal, a maior crítica é que nunca se fez tão pouco para a ‘Cidade Coração’, e o maior questionamento é onde estão sendo investidas essas ‘míseras migalhas’ que são repassadas ou arrecadadas pelo município?
A verdade é que igual a Rafard, centenas de municípios sem expressão e força política passam pela mesma situação, uns mais explicitamente, outros ‘por de baixo do pano’, tentando tapar o sol com a peneira. Quando falamos em força política, falamos em municípios ‘apadrinhados’, que não são esquecidos por seus ‘padrinhos’ que tem a caneta na mão para definir o futuro de uma cidade.
Quatro anos é pouco para um bom administrador mostrar resultados extraordinários, mas é muito tempo para uma má administração falir um Poder Público, que já vem lutando para sobreviver cada dia mais ‘sozinho’, a mercê das improbidades e ao esquecimento das esferas Estaduais e Federais.
Basta pedir que Deus nos ‘acuda’!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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