06/03/2015
Editorial: O vilão está de volta
A dengue, um grande problema de saúde pública que atinge todo o mundo voltou a assustar a população e o poder público municipal nos últimos meses. O crescente número de casos registrados na região remetem a uma dupla reflexão. Será que cada um tem feito o seu papel?
No Brasil, as condições climáticas favorecem a proliferação do mosquito, ocasionando o aumento significativo do número de casos nos últimos anos. Neste contexto, vale ressaltar que a prevenção é fundamental, bem como a participação da comunidade por meio de uma mobilização social.
Ampliar os conhecimentos sobre a dengue é algo positivo e necessário, pois reduz a incidência de casos. Do outro lado, é fundamental que o poder público invista no constante desenvolvimento de ações educativas para diminuir o impacto econômico para a saúde da população.
O fato é recorrente e ambos vivenciam com certa conivência, e porque não dizer desdém da situação. O alerta vermelho só acende quando algum caso é registrado dentro da própria casa, ou na de vizinhos e parentes. Ora, se cada um fizer a sua parte, o cotidiano será outro – já deveria ser.
Passou da hora de usar as tecnologias disponíveis para mobilizar a população na busca da educação e conscientização. As medidas de prevenção são bastante simples e eficazes para a redução da doença. Então, o que falta?
Tirar o bumbum da cadeira e não esperar tudo do poder público. E isso não é uma defesa, porque o seu, o meu, os nossos representantes também urgem sair às ruas e identificar as reais necessidades da sociedade. Chega de paletó e gravata, o negócio é mãos à obra.
E não poderíamos deixar de render aqui as homenagens a elas, que no dia 8 de março têm o seu dia saudado, porque lembradas são todos os dias. No Dia Internacional da Mulher, é preciso ir muito além de festejar a data e refletir sobre a condição humana, a realidade social, econômica, ideológica e cultural.
Deixando para trás a marca trágica a que remete a data, todas as mulheres precisam reconhecer que não basta receber belas mensagens, flores, versos, cantos e afagos neste dia, se durante os demais dias do ano não receberem o devido respeito e direitos.
A busca não deve ser pela igualdade aos homens, mas pela igualdade de direitos, direitos humanos, direitos constitucionais legítimos, direito ao respeito, à dignidade, à educação, à moradia, à saúde, ao trabalho, à justiça, à cultura, à cidadania, enfim. Direitos estes que também os homens devem buscar incansavelmente. É a igualdade na luta cidadã.
Enfim, a competência levou a mulher a conquistar espaços, ganhar respeito e a sonhar mais. Hoje, a mulher está presente em tudo, e essa presença se multiplica em cada sonho alcançado.
Parabéns!