05/09/2014
Editorial: O que falta mesmo é material humano
Enquanto algumas cidades sofrem com a falta de espaço, equipamentos e condições dignas de trabalho para atender bem os usuários dos serviços públicos, outras carecem mesmo é de material humano de qualidade e que cumpram com suas responsabilidades.
A necessidade de se falar de humanização no atendimento, seja em qualquer área, mas principalmente em saúde, surge quando se constata que a evolução científica e técnica dos serviços não têm sido acompanhadas por um avanço correspondente na qualidade do contato humano.
Em muitos ambientes hospitalares, o diagnóstico e os procedimentos de tratamento, assim como a autoridade do médico e de alguns profissionais da área, dispensam, definitivamente, qualquer iniciativa para melhorar o contato interpessoal, o conforto e a qualidade de vida do paciente. As atitudes e os procedimentos médicos, bem como a metodologia do atendimento em saúde, sejam de responsabilidade dos médicos ou do pessoal da área, na maioria das vezes subestima e desconsidera as necessidades emocionais e psíquicas dos usuários.
Reflexo de uma sociedade que a cada dia demonstra mais e mais o distanciamento humano, somado à falta de compreensão com pitadas de grosseria.
Mais que eventuais dificuldades de recursos materiais, como se alega sempre, o descaso humanitário deve ser levado em conta, seja na empáfia, na arrogância, no simples descaso, na falta de vocação, no desinteresse, no comercialismo, na insensibilidade e assim por diante.
Sobra aos usuários enfrentar tais dificuldades, rogando a Deus dias melhores, com comportamentos éticos e o tão esperado cuidado às necessidades existenciais dos pacientes.
Mais que construir novos prédios e sedes, cabe à administração pública zelar pela qualidade no atendimento e também fazer com que eles aconteçam, no local, dia e horários agendados.
A população continua na fé, na esperança e no amor!