22/06/2015
Editorial: ‘Legis-mando’, desmando
Tal qual a novela, você não perde nada quando fica um tempo sem assistir às sessões camarárias de Capivari. Quando retorna, se depara com as mesmas picuinhas que nada têm a ver com o povo, o mais interessado nas ações do Legislativo. Ou não. Por quê? Quando será que os vereadores vão criar vergonha e começar a trabalhar pelo povo? É tão clara a rápida mudança de interesses e opiniões de uma hora para outra que só não vê quem não quer. E olha que o período eleitoral só está começando…
Aliada a isso, caminha rumo ao nada a morosidade com que os projetos de lei são discutidos, criticados, modificados e, FI-NAL-MEN-TE, aprovados. Só nas duas últimas semanas, dois projetos estão dando o que falar. Um de autoria do prefeito Rodrigo Proença e outro, do presidente da Casa – que são do mesmo partido: PPS. Ambos têm a ver com os servidores públicos capivarianos, comissionados ou não.
O de autoria do Executivo quer pagar em dinheiro a licença-prêmio, os três meses que os funcionários têm direito a cada cinco anos trabalhados. Mas, o prefeito quer que o secretário de cada pasta decida a quem dar e quando dar o benefício que, repetindo, é direito do servidor público, diferente do lanchinho que você recebe até num voo de apenas 40 minutos entre São Paulo e Rio.
Sim porque, se você não sabia, as companhias aéreas não são obrigadas a te alimentar. Isso é só para passar o tempo e, ao mesmo tempo, agradar os clientes viajantes. Se um dia a situação financeira lá em cima ficar ruim e a pressão aumentar pro lado do setor administrativo é a primeira coisa que eles vão cortar. Ganham os comissários, que terão uma coisa a menos para fazer.
O outro projeto, de autoria da Mesa Diretora, liderada pelo então presidente Júnior Pazianotto, envolve, entre outras medidas, a criação de cinco cargos. Se você acha muito, antes eram 27, sabia? Incluindo 13 assessores, um para cada vereador, porque eles disseram que não estão dando conta do recado. Você, leitor e eleitor capivariano, ia pagar ainda mais essa. Porém, a população, da qual você faz parte, reclamou muito, então o presidente modificou o projeto, resultando nisso.
Tá vendo como o povo tem força? Basta querer. E ler, estudar, se informar em fontes confiáveis, para não sair por aí falando abobrinha e defendendo quem é indigno de qualquer justificativa. Com essa rapidez da internet e constantes avanços da tecnologia, por vezes assustadores, o jornalismo está cada vez mais se mostrando fonte indispensável inclusive de educação. Então vamos aproveitar. Que tal começar agora?