Editorial

Editorial – É preciso resgatar a ética e a história do povo

Nesta semana, como que um último suspiro, o país deu sinal de que ainda pode existir esperança, em busca da reconstrução do caráter e democracia, em uma sociedade esculachada por governos e governantes cada vez mais inescrupulosos.
É sabido que os ‘mensaleiros’ irão pagar pequenas parcelas perto de todas as benesses desfrutadas nos últimos anos, porém, ao expedir os primeiros mandados de prisão para os condenados no processo que ficou conhecido por mensalão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, passou uma mensagem simbólica à nação no dia da Proclamação da República: já não cabe mais dizer que este é o país do jeitinho e que políticos ilustres não vão para a cadeia.
Os ‘espertalhões’ que há tempos esbanjavam benefícios com a tristeza alheira, fugindo de tudo e de todos, se achando os ‘reis da cocada’, caíram do cavalo. Isso, evidentemente, não significa que acabou a impunidade no Brasil. Ainda é preciso avançar muito na implantação de mecanismos de controle e fiscalização da administração pública, no combate efetivo à corrupção e na depuração ética dos dirigentes. Mas agora já não há mais dúvida de que as instituições democráticas podem funcionar com eficiência, julgar sem autoritarismo e punir estritamente de acordo com a lei.
Que sirvam de maus exemplos e de lição, para que os que ainda praticam a corrupção neste país. A justiça muitas vezes tarda, e falha, por isso, quando acerta, merece ser comemorada.
É bom ficar atento. Num esquema tão grande, com tanta gente envolvida, com certeza muita coisa vai aparecer. É aguardar pra ver!
Nesta mesma semana, um grupo da comunidade católica, preocupado com o patrimônio e com a história da cidade, resgatou todos os móveis, imagens, quadros e objetos que resistiram durante todo esse tempo, à ruina da Capela de São João Batista, na Fazenda Itapeva.
Atitude que merece mérito, também pelo consensual dos proprietários da terra onde está localizada. Parece que agora, algo será feito, pelo menos analisado, avaliado, orçado ou como prefiram chamar, está sendo, dando esperanças de preservar e manter viva a história que deu início as coirmãs Rafard e Capivari.
Em tempos em que poucos ‘farreiam’ muito com o dinheiro dos outros, quem sabe, com pouco não se faça muito em benefício da história de um povo.
Não custa tentar!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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