J.R. Guedes de Oliveira

Duzentos anos da Independência do Brasil

Estamos reproduzindo o longo poema do engenheiro Dario Bicudo Piai, em homenagem aos 200 anos da nossa Independência.

Assim, a segunda parte desta histórica reprodução, segue abaixo.

VII – Anos pós-sessenta

Duríssimos tempos de outrora
dura lex, sed lex e o DOPS
atrás de você, toda hora
buscando a quem tragar
fatos tão tristes e condoídos
de chorar, chorar, chorar…

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Agosto de 1969, o tremendo Festival de Woodstock
Em Bethel, pequena cidade do estado de New York,
Os hippies que defendiam o amor, a liberdade e a paz,
Mais de 400.000 jovens com dezenas de bandas de rock
Embalados pelos sons de Jimi Hendrix e Janis Joplin.

Muitos jovens, feitos poetas nômades
perderam-se por caminhos sem destinos,
nos agitados anos 70, de guerrilhas e vastas repressões;
no México, abstraindo as mazelas, o Brasil tricampeão mundial
com Pelé, Tostão, Jairzinho, Gerson, Rivelino e seleta companhia
trazendo de vez a “Jules Rimet”, para nosso grande orgulho e alegria.

Tempos do “Love Story”, Nobel para Soljenitsin
mortes de Marighella, Che Guevara e Carlos Lamarca
despedidas de Pelé, os primeiros títulos de Fittipaldi
Transamazônica, Fisher x Spassky, China de Mao Tsé-Tung
crise do petróleo, incêndio no Andrauss, Guerra do Vietnã
generalato de Moshe Dayan, os escândalos de Watergate;
em Portugal, a Revolução dos Cravos e queda de Salazar
os discursos inflamados e intermináveis de Fidel Castro
Jacqueline Onassis, nas ilhas gregas, sem nada reclamar
e de Bertolucci , o caloroso “Último Tango em Paris”.

Baladas trepidantes e “rock in roll”, gins-tônicas e cubas libres
piñas coladas, martinis com cereja e “whiskeys on the rocks”
os Beatles de “Yestarday”, os Bee Gees de “Massachusetts”
e de Elvis Presley, “It´s now or never”:
janelas de saudosos pretéritos
e a doce saudade de outra vez…

Brasil de Eder Jofre, Ademar Ferreira e Maria Ester Bueno –
uma das mais brilhante tenistas : 589 títulos internacionais
terra de Nelson Piquet e do consagrado e saudoso Airton Senna
seus nomes na história ficaram, três vezes campeões mundiais!

Pelé, Rei do Futebol e Atleta do Século
insuperáveis 1283 gols em 1363 jogos
Nossa seleção, mais duas vezes campeã
em 94 e 2002, saudades nos deixou
tudo com muito samba e carnaval
esperamos que o hexa venha
para mais um novo título mundial.

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