Cedo para falar que o São Paulo pode ser campeão brasileiro. Cedo até para falar que o Flamengo pode levar o caneco. Mas o torcedor são-paulino pode hoje se “orgulhar” de ter um time com uma ideia de jogo e uma execução dela cada vez mais afiada. Repito, isso não é garantia de troféu, título e/ou conquista. Mas já mostra um amadurecimento do trabalho do técnico Diego Aguirre no clube.
Pode-se gostar ou não do que é feito, mas há um conceito presente no jogar do São Paulo. O time se defende em um 1-4-4-2 por zona, não perdendo qualidade e agressividade quando as linhas sobem em uma pressão alta, as transições (tanto defensiva como ofensiva) são feitas com muita intensidade e o jeito predominante de atacar é vertical, direto, priorizando sempre os passes para frente em detrimento dos passes para o lado e para trás.
E quando o coletivo está ajustado as peças individuais ganham destaque. A defesa é sólida. Atue ou Bruno Alves ou Arboleda ou Anderson Martins ou até Rodrigo Caio, que está machucado, que o centro defensivo estará bem protegido.Os laterais – Militão e Reinaldo – tem defendido e atacado com eficiência. Jucilei e Hudson se completam como volantes. Na esquerda, Everton caiu como uma luva com sua objetividade e verticalidade. Nenê no centro é quem dita o ritmo de ataque e puxa as transições. No comando de ataque, Diego Souza, enfim, entendeu o seu papel como pivô. A única indefinição está na direita, com a saída de Marcos Guilherme.
Esse São Paulo não dá espetáculo. Mas é consistente no que se propõe a fazer. E em comparação aos confusos times anteriores isso já é um avanço.
ARTIGO escrito por Marcel Capretz
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