Rubinho de Souza

Do Fundo do Baú Raffard

11/08/2017

Do Fundo do Baú Raffard

Raffard – A amada terra que me acolheu como filho

fundobau

 

Este querido pedacinho de chão brasileiro e paulista, que aprendemos a amar em agradecimento ao acolhimento recebido ao aqui chegarmos, em julho de 1932 com apenas sete anos de idade, vindos da então Mombuca onde nascemos em 26 de novembro de 1925, era a então modesta Villa Raffard, que ao se tornar município, estranhamente, e sem motivo e razão, retiraram uma letra “f” e indevidamente alteraram a grafologia recebida do sobrenome do seu fundador.
Dias atrás em sucinto artigo, comentamos neste jornal, sobre os saudosos anos da nossa infância aqui passados nos “tempos de criança, quando éramos felizes e não sabíamos”, como se lê em um trecho do excelente samba de autoria de Ataulfo Alves. As aulas recebidas á nós ministradas no Grupo Escolar por excelentes educadores, cujas imagens permanecerão cheias de gratidão, vivas em nossa memória.
Naquele tempo em que havia respeito entre as pessoas e dentro de suas vidas unidas pela fé cristã, na sociedade, vidas ligadas em constantes demonstrações de amor fraterno e solidariedade em socorro dos necessitados nas horas difíceis como se fosse uma grande família. Bons e saudosos tempos…
Os dias, meses e anos foram passando e de lá para cá, desde a vitoriosa batalha pela Emancipação tendo no comando o “General da Vitória” – Genaro Vigoritto – que sempre à frente e em contato permanente com políticos de Brasília, conosco dialogava todas as tardes através do rádio amador que ficava na residência do Sr. Luiz Tomazzini, colocando-nos sempre a par do andamento da campanha, até o “grand finale” que foi conseguido a duras penas.
Tivemos a honra de inclusive ser integrante da caravana feita ao Palácio dos Bandeirantes para solicitar o apoio do Dr. Ademar de Barros, Governador do Estado de São Paulo à nossa nobre causa.
Os mais antigos certamente se recordam com detalhes das várias refregas havidas entre os opositores bem como com alguns apelidados de “cobras”, aqui residentes, da Passeata da Vitória pelas ruas da cidade, e da formação dos Poderes: Legislativo, Executivo e Jurídico, da construção da Prefeitura e da primeira eleição para prefeito e vereadores para a Câmara Municipal.
Vida nova para o novo município, com a contagiante alegria de todos os que direta ou indiretamente lutaram pela nobre causa.
(Trecho retirado de relato do historiador Sr. Denizart Fonseca – professor de Educação Física e militar)

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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