ColunistasRubinho de Souza

Do Fundo do Baú Raffard

ERRATA: Amigos leitores! Hoje excepcionalmente, deixo de publicar as fotos antigas, para fazer uma correção, pois na edição anterior, por ‘ato falho’ deste colunista, constou erroneamente entre outros equívocos, na publicação “adaptada” com o título: “Caçulinha dos Irmãos Braggion no furinho” que o nono do escritor Junior Quibao, chamava-se ‘Guido’.
Com as devidas escusas ao colaborador e aos leitores, segue abaixo a título de correção, a íntegra da versão original escrita por Jr Quibao no Grupo Rafard – Do Fundo Do Baú:

Guaraná no furinho!
Quando criança os refrigerantes eram na maioria de fábricas regionais, Coca Cola entre outras eram muito raro da gente tomar, e uma mania era a gente furar com um prego a tampa da garrafinha para ela durar mais, eram garrafas de 180Ml, chamadas de caçulinha, eu gostava de chacoalhar bastante a garrafa e depois esguichar a espuma que formava na boca! Mas não pensem que isso era tarefa fácil, tinha que ter coordenação motora pra não afogar! Ainda mais na venda de Itapeva, onde não tinha geladeira e era consumido em temperatura ambiente, mas mesmo sem gelo dá saudades do sabor das caçulinhas do Bragion, e do Guido, que meu nono vendia na venda dele. Aliás era sagrado, quase toda a noite eu ir pegar uma caçulinha, e um pedaço de queijo duro para comer assistindo TV, os queijos de hoje não chegam aos pés dos que existiam na época e eram armazenados em televisões de rato, não temos as televisões de cachorro, onde assam frango? Eram televisões de rato, armários de madeira, e que no lugar dos vidros tinham telas de metal para não abafarem os queijos e impedirem as moscas de chegarem até eles, os queijos armazenados dessa forma tinham outro sabor, eu fiz uma televisão dessas, só que menor aqui em casa, mas não deu certo, os queijos canastra que comprava não envelheciam, acabavam antes!
Mas relembrando isso, que me ensinaram tomar a caçulinha furada no prego, chego à conclusão que passei o conhecimento pra frente, em São Pedro um amigo conseguiu comprar de um distribuidor, coisa que pra mim eles não quiseram vender, uma caixa de cascos de caçulinha, assim quando quisesse era com trocar, e pude matar a vontade de fazer isso, ensinando ao meu filho, e fazendo brincadeiras maliciosas com amigos que ficaram em nossa casa durante o encontro de pick-ups, afinal a maioria nem sabia que era tomar no furinho, não tiveram essa experiência que é coisa de interior, como a pipoca de macarrão que também apresentei pra eles, mas o mais legal foram os filhos de um grande amigo, o Delgado, que quando voltaram pra lá, queriam tomar no furinho, mas infelizmente, como era final de ano, não tinha mais no depósito, mas ainda bem que na padaria de um amigo nosso pudemos comprar algumas para satisfazer a vontade das crianças, relembrando isso acabo sentindo a alegria de ter passado pra frente algo que estava esquecido, hoje os filhos dele e o meu não são mais crianças, mas garanto que nunca mais esqueceram o guaraná no furinho!

Jr Quibao (Rafard 30/04/2017 17:08)

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COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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