25/03/2017
Do Fundo do Baú Rafard
ARTIGO | Provavelmente o nosso fotógrafo, Titinho Braggion, escalou a própria torre de TV, antevendo que quanto mais alto subisse, melhor e mais ampla seria a bela foto, e realmente ele tinha razão, visto ter nos legado esta preciosidade. Podemos ver parte da Rua Mauricio Allain, com seu belo conjunto de residências da Família Forti, depois a casa de Angelin Honora e em seguida a casa, onde residiu Rubinho Bôscolo e família.
Mas quero me deter, lá ao fundo onde vemos a Avenida Pio XII, quando era apenas uma estrada de terra poeirenta que nos levava à Capivari, e se transitar por ela nos dias de sol era um desafio pela poeira quando passava algum veículo, que dizer nos dias chuvosos, onde o desafio era a lama. Ir a pé à Capivari, nesse tempo, à noite, não era para qualquer, pois tínhamos de ambos os lados “barrancos”- como a gente chamava – que assustava pela altura, e ainda não tínhamos a iluminação pública, então quem se arriscava, contava apenas com a ajuda do luar, ou clarão de faróis dos veículos, que não eram comuns nessa época…
Subindo a estrada, à direita por uma estradinha, que até hoje é de terra, chegava à chácara de Tone Marchioretto, enquanto à esquerda tínhamos a chácara da família Brugnaro, onde os moradores das redondezas, tinham a opção de poder comprar ovos fresquinhos e leite “tirado na hora” por Dona Joaninha. Um pouco mais acima, as chácaras dos Tognin.
Em resumo, para quem gosta, como eu gosto de recordar os velhos e bons tempos de outrora, essa era a nossa vida, pois se vivíamos na simplicidade e com certa dificuldade, tínhamos alimentos mais saudáveis, e amizades mais sinceras. Caro(a) leitor(a) amigo(a), não nos culpe por sermos saudosistas, pois éramos tão felizes, que se possível fosse, todos gostaríamos de voltar a viver tudo novamente. No entanto, visto isto não ser possível, só nos resta recordar, porque RECORDAR É PRECISO!