Nascido em 15/1/1929, Martin Luther King Júnior tornou-se pastor batista com 26 anos foi assassinado em (1968). Viveu menos de quarenta anos; e, que proficuidade! Graduou-se em sociologia em 1948; em Teologia em 1954; doutorou-se em Filosofia em 1955, casou-se com Loretta Scott com quem teve 4 filhos; nesse mesmo ano assumiu o pastorado na cidade de Montgomery, Alabama, escreveu vários livros, artigos e cartas, tornou-se um dos mais importantes ativistas no combate ao racismo e pelos injustiçados, envolvendo-se no caso de Rosa Louise Parks; em 1957 assumiu a presidência da Conferência da Liderança Cristã pelos direitos civis; participou de várias lutas, protestos e marchas em prol dos direitos civis dos negros; preso algumas vezes, torturado e ameaçado, serviu de inspiração para diversos líderes ativistas.
Martin Luther King Jr. inspirou-se na “Satyagraha” de Mahatma Gandhi, protestar, sem violência, de forma pacífica, contra a injustiça e ou, a favor dos direitos dos subjugados demonstrando amor para com os opressores. Como vimos, Gandhi inspirou-se nas bem-aventuranças predicadas por Jesus, o Sermão da Montanha (Mt 5:1-15).
Em 28/8/1963 Martin Luther King Jr. liderou mais de 200.000 pessoas em marcha pelo fim da segregação racial em Washington e expôs o seu mais famoso sermão: “I Have a Dream”. Alguns trechinhos desse lindo discurso:
“Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Não devemos deixar que o nosso protesto criativo se degenere na violência física.”
“Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar.”
“… apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto evidentes que todos os homens são criados iguais.”
“Eu tenho um sonho que um dia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.”
“Eu tenho um sonho que meus quatro filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter…que um dia…meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas.”
“Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto.”
Em 14 de outubro de 1964, Pastor King Jr. recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelas suas pertinazes batalhas em prol das minorias desconsideras. De suas lutas surgiram a lei dos Direitos Civis (1964) e a dos Direitos de Voto (1965). Em 1967 Martin L. King Jr dedicou-se à luta contra a guerra do Vietnã e em favor dos pobres. Quando se preparava para a manifestação em favor dos coletores de lixo, em Memphis, no dia 4 de abril de 1968, no hotel, foi assassinado a tiros por um opositor racista. Postumamente recebeu a medalha Presidencial da Liberdade (1977), muitas ruas receberam seu nome, o dia 28 de agosto de 1968 foi declarado feriado, recebeu a Medalha de Ouro do Congresso (2004). Vários escritores publicaram sua biografia.
Sua influência foi tão efetiva que as leis segregacionistas foram sendo substituídas por leis mais justas e igualitárias, alcançou renome nos rincões mundiais, levando a bandeira da justiça e da fraternidade inter-racial, muito além dos limites norte-americanos.
Algumas de suas frases deveriam alavancar um melhor relacionamento entre brancos e negros, cito apenas três:
“O Amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo”.
“Se um homem não descobriu algo por que morrer, ele não está preparado para viver.
“Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio”.
ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História
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