Na próxima sexta-feira, dia 02 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Em homenagem a data, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida detalhou as características do Transtorno do Espectro Autista (TEA), ressaltando a importância do envolvimento da comunidade com a causa, acentuando a campanha nacional “Respeito para todo o espectro”.
O TEA é um transtorno neuropsiquiátrico, já que acomete o sistema nervoso central, e também aspectos psiquiátricos e comportamentais, caracterizado por comprometimento da interação social, dificuldade de comunicação, interesses obsessivos, comportamentos repetitivos, estereotipias e alterações sensoriais, quanto a sons, alimentos e texturas.
Seu diagnóstico é prevalente no contexto infantojuvenil, geralmente, baseando-se em aspectos clínicos, e história de vidas contadas pela família. Os exames laboratoriais e de imagem solicitados seguem como forma complementar para a exclusão de outras patologias, e então fechar o diagnóstico.
“O autismo é de 3 a 5 vezes mais comum no sexo masculino do que no sexo feminino.
Há estudos que relatam que em famílias que exista um indivíduo com TEA, a possibilidade de um irmão do sexo masculino vir a ser diagnosticado é de 50%”, explicou a secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Manuela Gonçalves Maschietto Albini.
Tratamento
O tratamento deve ser feito por uma equipe multi e interdisciplinar, formada por médicos nas diferentes especialidades – pediatra, neurologista, psiquiatra; e profissionais não médicos – psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, pedagogo, fisioterapeuta, dentistas, musicoterapeuta, entre outros. Tal tratamento engloba desde o processo avaliativo objetivando o fechamento do diagnóstico, avaliação de cada profissional, plano de tratamento, orientação à família e à escola.
“A família é a base do tratamento, envolvendo-se diretamente neste processo. Devido a isso, a orientação e o tratamento a ela tem caráter tão importante”, pontuou a secretária.
Ao falarmos de tratamento, também consideramos, em alguns casos, o tratamento medicamentoso como componente importante, obviamente quando avaliado por um profissional qualificado e com conhecimento na área. Algumas pessoas com TEA fazem uso de medicação por diferentes fatores, desde patologias como epilepsia até questões relacionadas ao comportamento.
É valido salientar a importância de uma avaliação médica adequada. Nem todo paciente com diagnóstico de autismo tem a necessidade do uso de medicamentos.
O sucesso do tratamento depende de diferentes fatores, sendo a qualificação dos profissionais, a dedicação e o empenho de familiares são pontos chaves para o desenvolvimento do indivíduo com TEA.
Palestras
Para a próxima semana, estão previstas palestras sobre o TEA, que serão ministradas por diversos especialistas da Saúde e serão exibidas através do canal do YouTube “Prefeitura Capivari”.