A palavra Bíblia veio do grego significando conjunto de livros, biblioteca. Foi escrita por homens santos, inspirados pelo Espírito Santo, nada nela foi escrito por vontade humana (2 Pe 1:20-21). São 66 livros escritos por autores da Europa, Ásia e África, desde 1545 a.C. até o ano 100 d.C..
Alguns autores eram cultos, poliglotas como Moisés, Daniel, Paulo, Lucas era médico, Jeremias, Ezequiel, sacerdotes, outros, pescadores como Pedro, João, ou, boiadeiro como Amós, homens singelos, enfim eram pessoas de culturas diferentes, chamadas por Deus para serem profetas. A Bíblia foi escrita com as palavras e expressões humanas, mas o conteúdo é divino.
Paulo esclarece: “Toda Escritura é inspirada por Deus…” Com toda essa diversidade a Bíblia tem unicidade, não há incoerência entre os autores, pelo contrário, eles se confirmam e se completam. Há 7 cópias dos manuscritos de Platão, 8 de Heródoto, 263 da Ilíada de Homero e mais de 24.600 do N.T.. É o livro mais distribuído e o mais lido, 95% das pessoas leram.
A Bíblia é a Palavra Viva de Deus porque o mesmo Espírito Santo que a inspirou guia os leitores interessados “em toda a verdade” (João 16:13). Ela é útil para ensinar, repreender, corrigir e para instruir em justiça, a fim de que o leitor pratique boas obras (2 Tm. 3:17-18), para que seja bom esposo, bom pai, ou filho, bom cidadão.
Isto confirma o que Moisés disse: “Ela não é uma palavra inútil, antes é a vossa vida. Cumprindo-a prolongareis vossa vida” (Dt. 32:47). O próprio povo judeu é prova do poder transformador da Palavra de Deus. Os hebreus foram escravos dos egípcios por 430 anos, esqueceram sua dignidade como povo de Deus, sua religião, acostumaram a ser servis, tornaram-se ignorantes e brutos.
Deus os tirou de lá, colocou Moisés como líder e profeta. Inspirado por Deus, Moisés escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia que serviram de base para a Educação do povo. Os hebreus deviam educar os filhos com os escritos inspirados por Deus, os quais deviam ensinar aos descendentes: “Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração, tu as inculcarás aos teus filhos, delas falarás sempre, na tua casa, andando pelo caminho, escrevendo-as na mão, nos umbrais e nas portas” (Dt. 6:6-8).
Era uma teocracia, deviam amar ao Deus, que tanto cuidou deles no deserto, dando-lhes comida e água, proteção contra as feras, víboras e escorpiões, tão comuns no ermo, suas roupas e sandálias não se gastaram nos 40 anos de peregrinação arenosa; a lei de Deus servia de base jurídica (Dt. 6:25), o Pentateuco era o guia sanitário e de higiene (Lv. 13-14), para saúde (Ex. 15:26; Lv. 11; Dt. 5), para a ética e moral (Lv. 18).
Mantinham-se distintos, não se misturavam com outros povos, a fim de não adotarem seus maus costumes idolátricos, e sacrifícios humanos. Os profetas criaram escolas por toda a Palestina; os judeus tornaram-se povo diferente, inteligente e culto produzindo grandes cientistas. A Bíblia é um livro transformador daquele que sinceramente busca cumprir os ditames bíblicos; pessoas são transformadas, abandonam os vícios, e sóbrios ensinam a outros.
Convivi uma semana com “Falcão”, carioca, homem com balas cravadas no corpo pela polícia, preso por tráfico de drogas e matar um policial, espancado, deixado a morrer na cela, recebeu uma Bíblia, leu um trecho e orou pela primeira vez: Se o Senhor existe tire-me daqui e eu serei um pregador. Tornou-se adventista e saiu a contar sua experiência com Deus.
As profecias bíblicas cumprem-se minuciosamente. Jesus disse: “Digo-vos isto agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou” (Jo. 13:19). Algumas profecias sobre Jesus são muito conhecidas:
(Gn. 49:10-11): o cetro da autoridade e governo não se afastariam dEle; amarraria o jumentinho à vide e mancharia suas vestes no sangue; (Mq. 5:2) nasceria em Belém de Judá; (Is. 53:3-7) seria desprezado; Homem de dores, moído, humilhado, levado à cruz; (Zc. 9:9) viria à Jerusalém montado num jumentinho; (Sl. 22:16) teria pés e mãos transpassados; (Sl. 22:18) repartiriam Suas vestes e sobre elas tirariam sorte; (Sl. 22:8) diriam: confiou no Senhor, que O livre. Apesar do criticismo, não há como esconder que o Jesus profetizado é também histórico, há vários documentos históricos e arqueológicos comprovando Sua existência e a veracidade da Palavra de Deus.
ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim, professor de Filosofia, Ética e História. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.