Marcel CapretzOpinião

Desviando o foco

30/09/2016

Desviando o foco

marcel-capretzARTIGO | O futebol se torna preocupante quando o foco da discussão se volta para a arbitragem e não para o jogo em si. Aqui no Brasil, virou moda jogadores, técnicos e dirigentes se revoltarem nos microfones após algum equívoco do árbitro. Quando se é prejudicado, o tom de voz sobe, a face fica vermelha, se insinua teoria da conspiração, etc. Porém, quando o juiz e seus auxiliares erram “a favor” do seu time um silêncio constrangedor impera.
Não acredito em má intenção, má fé e erro de propósito da arbitragem. Até que me provem o contrário, todos são honestos. Existe, porém, uma cobrança em cima de quem apita que é desproporcional as condições oferecidas. Como pode, em um futebol tão evoluído e capitalista, o homem mais influente não ser profissional aqui no Brasil? Qual a vantagem em se exigir que o árbitro comprove que tenha outro emprego?
O jogador tem a sua disposição departamento médico, fisiologistas, fisioterapeutas, alimentação balanceada, etc. Já o árbitro tem que bancar do próprio bolso preparação física, médicos, suplementos, etc. Quem é beneficiado com esse desnível de condições? Os maiores prejudicados somos nós que podemos ver um jogo, um campeonato, decidido em função de um erro de um árbitro mal preparado.
Não condeno nenhum juiz que se equivoca. Se ele tem erros constantes e gritantes, errado é quem o coloca no famigerado sorteio novamente. Os clubes poderiam se revoltar contra a estrutura e não contra quem está na ponta do iceberg. Sem a profissionalização da arbitragem a choradeira vai continuar. Só vai mudar a cada rodada de cor, distintivo e torcida.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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