22/09/2017
Curiosa origem de certos rituais religiosos
Há muito a se falar sobre a ética bíblica, ela, como todos os temas bíblicos são tão inesgotáveis como o é o conhecimento sobre Seu Autor, por isso, vamos tratar de outro tema. Pensaremos um pouco sobre a origem de certos rituais religiosos, no mínimo intrigantes. Alguns deles vindos do paganismo e idolatria, inimigos da religião os quais Deus abomina, e, portanto, não devia fazer parte da religião cristã. Quem não participou de festa junina com suas fogueiras, suas crendices e superstições?
Embora o papa Gregório 9 tenha oficializado o festival de Santo Antônio no dia 13 de junho de 1232 (data da morte daquele santo) a festa junina tem sua origem num tempo incerto, mas muito antes. Festejavam em honra aos deuses da natureza. Adônis, por determinação de Zeus, passava o verão (plantação verdejante) com Afrodite e o inverno (vegetação morre) com Perséfone. No dia 24 de junho (o solstício de verão) comemorava-se o dia do deus Adônis. A fogueira, símbolo do sol e da luz, era parte importante dos festejos. A Igreja Católica substituiu Adônis por S. João Batista que anunciou o nascimento de Cristo, o Sol da Justiça, a Luz do Mundo, celebrando no mesmo dia 24 de junho, com fogueira e dança.
Entre os druidas da Bretanha, era uma homenagem ao deus Baal, no dia 24 de junho, dia, ainda, assaz importante na Alemanha, Finlândia e outros países com danças, fogos, bebidas e simpatias (magia) pela fertilização dos animais e plantações.
Havia também entre os celtas a cerimônia “Beltane” em busca da fertilidade sexual baseada na união do deus solar Bel (cujo símbolo era o falo) com a deusa Danu. A cerimônia era constituída do “Fogo Bom”, da fecundidade, em que a moça recitava um verso à deusa e o rapaz ao Bel, juntos o casal preparava o pedaço de galho em forma do órgão masculino ereto num prato de terra fértil. Acendiam duas fogueiras aos deuses, por onde pessoas e animais passavam para purificarem-se e se tornarem férteis. Os noivos dançavam à frente de uma quadrilha, na qual as mulheres, nuas, tinham coroas de flores, Levantavam um mastro (o falo) com fitas coloridas. Esse festival era realizado no bosque, no dia 1 de maio e os casais participavam e se uniam com o intuito de gerar filhos. As festas mais antigas tinham prostitutos e prostitutas dedicados a Baal. Soltavam fogos de artifício e balões com papeis onde estavam escritos os desejos dos partícipes. A festa foi adaptada pelo catolicismo para homenagear S. João Batista no dia 24 de junho e também a Sto. Antônio dia 13 e S. Pedro, dia 29 no mesmo mês. Estas festas foram trazidas ao Brasil pelos padres jesuítas, num tempo de muita credulidade e inocência dos colonos, índios e negros. Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são muito parecidas com as de suas culturas
Continuam a fogueira, por cujas brasas passam os participantes, realiza-se o casamento com roupagem de camponeses. Convencionou-se que o dia 12, véspera do nascimento de Stº. Antônio seria o dia dos namorados por razões comerciais. A escolha do dia 29 de junho foi para comemorar o martírio desses apóstolos de Cristo na data em que se celebravam o culto aos semideuses pagãos Rômulo e Remo.
Outra comemoração que começa a ganhar força, é a que, no dia 14 de junho, celebra o Dia de Nhá-Chica, a primeira bem-aventurada negra do Brasil. Filha e neta de escravos, Francisca de Paula de Jesus. Nhá Chica, nasceu em 1810, no povoado de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, um dos atuais distritos de São João del-Rey, em Minas Gerais. Viveu a maior parte de sua vida na cidade mineira de Baependi, onde faleceu em 1895. Órfã aos 10 anos de idade, Nhá-Chica dedicou sua vida à caridade e amor ao próximo sendo chamada de “Mãe dos Pobres” e “Santa de Baependi”. A beatificação de Nhá-Chica foi assinada pelo papa Bento XVI em 2012.
Como vimos, são festivais oriundos do paganismo sem fundamento bíblico. Deus não sanciona homenagens a anjos e santos (ver At 10:25-26; Ap19:10). O paganismo sempre foi fonte de idolatria e imoralidade, doutrinas contrárias aos ensinos de Cristo e era detestado pelos cristãos e pelo próprio Deus (Ap. 2:6). Não há consenso entre paganismo e cristianismo, entre luz e trevas.