Você já sabe que não se deve ficar num carro ligado na garagem fechada. Uma intoxicação cerebral por gás carbônico pode ter sido a causa da morte dos namorados Diogo Moreira Quadros, de 23 anos, e Verônica Souza de Leão, de 21, que estavam desaparecidos em São Gonçalo.
Os corpos do casal, que planejava ficar noivo na noite de Natal, foram encontrados dentro de um Gol na garagem da casa em que morariam. Segundo a polícia, os dois morreram asfixiados por gás carbônico enquanto namoravam no carro. Ao inspirar a pessoa recebe oxigênio, gás carbônico e outros, mas ao expirar elimina o carbônico que é tóxico.
Existe uma concentração tolerável de gás carbônico no sangue (35 mm a 45 mm/hg). Quando essa concentração sobe, chega ao cérebro, a pessoa é induzida a um estado de sonolência, ao coma e à parada respiratória.
O Brasil usa e é um dos maiores consumidores de mais de 200 tipos de tóxicos na agricultura. Alguns deles ficam mais de 100 anos no solo e causam muitos males ao organismo humano. O nome agrotóxico esteve na pauta dos deputados para mudar para “defensivo agrícola”, para iludir o povo! Tóxico é a substância que causa envenenamento do organismo humano, animal e vegetal, diretamente ou por meio da água, verduras, frutas e legumes.
Pela desidratação, entre 3 a 5 dias, o homem morre, porém o excesso é igualmente mortal. Os nazistas usavam esse tipo de tortura: amarravam uma pessoa na maca, colocavam um funil na boca da vítima e derramavam água até que suas células cerebrais inchavam impedindo o fluxo do sangue e vinha a morte.
Assim como o lixo, os plásticos, as drogas, também as ideias, os relacionamentos, os valores, as decisões, podem tornar-se tóxicos e levar à destruição, à morte. A ideia deformada a respeito de Deus do Pastor Jin Jones pentecostal socialista, em 18/11/1978 levou ao suicídio coletivo (tomaram ao seu comando, veneno com ponche) e ao assassinato de 918 dos seus seguidores, no Amazonas.
A história de Jonas é bem ilustrativa. Jonas era um fiel seguidor de Deus, mas tinha ideia deturpada do seu Criador. Deus o enviou aos ninivitas para dizer-lhes que daí a 40 dias seriam destruídos devido à sua impiedade e violência. O profeta tentou fugir de Deus e da missão porque sabia que Deus é de coração mole, se os ninivitas se arrependessem seriam perdoados.
O profeta não admitia a ideia de perdoar seus inimigos, bandidos. Deus agitou o mar, os marinheiros jogaram-no na água. Um peixe enorme o engoliu e o vomitou na praia. Por fim vemos um Jonas revoltado porque ele transmitiu a sentença, mas os ninivitas humilharam-se e Deus os perdoou. “Viu só”, disse o profeta! “Não foi isso que eu falei?” “Eu sabia que o Senhor é Deus misericordioso, tardio em irar-se…” (Jonas 4:2). Jonas achava que Deus estava errado em perdoar os inimigos do povo de Deus, os não israelitas.
Deus fez brotar uma parreira que fazia sombra para o homem de Deus, e no auge do seu conforto fez secar a planta. Diante da reclamação de Jonas Deus lhe ensinou: “Você ficou triste por causa da planta, que nasceu e morreu num mesmo dia, mas não se importou com a vida de mais de 120 mil ninivitas e dos seus animais!”
Precisamos lembrar que Deus Se importa com a minha, com a sua, e com a vida daqueles que julgamos ser bandidos, irreconciliáveis. Deus não conhece fronteiras. Sua graça salvadora se estende a todos. A ideia de exclusivismo e seleção dos melhores não é ideologia de um Deus que ama os pecadores (Rom. 5:8) e veio salvar o que se havia perdido (Mat. 18:11), antes é uma ideia tóxica, que intoxica e mata muitos filhos do Criador.
Somos todos pecadores pelos quais Jesus morreu na cruz e aos quais Ele veio salvar (1 Tim 1:15); “aqui não há judeu ou grego, circuncisão ou incircuncisão” (col 3:11); Deus não faz acepção de pessoas (Ef 6:9). Quem faz acepção de pessoas comete pecado (Tig. 2:9). Deus ama a todos: bêbados, drogados, héteros e homossexuais, tatuados ou não, homens e mulheres, negros e brancos, pobres e ricos, assassinos, ladrões, estupradores, e até os “santos”.
Se você se considera pecador, marginalizado pela sociedade e pela religião, é a você que Jesus veio salvar a fim de viver com Ele e com os anjos nas mansões celestiais. Você aceita o convite?
ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim, professor de Filosofia, Ética e História. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.