Opinião

Correio Aéreo Nacional

13/06/2014

Correio Aéreo Nacional

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Denizart Fonseca

Na qualidade de Oficial Especialista da Força Aérea Brasileira (FAB), estamos nesta data – 12 de junho de 2014 – num alto senso de justiça, prestando modesta homenagem a uma das mais belas páginas da sua história o Correio Aéreo Nacional (CAN) ao completar oitenta e três (83) anos de sua fundação.

Essa história nasceu na mente de homens fortes e decididos que, acreditando nas ideias e confiantes na férrea vontade que os impelia, buscaram novos horizontes para a aviação militar brasileira.

Era grande o sonho de um dia poderem ultrapassar os limites impostos, implantando uma nova mentalidade na história dos povos – voar.

Mesmo enfrentando sérias dificuldades pela fragilidade dos aparelhos e a falta de apoio à navegação aérea um grupo de homens ousou desafiar os céus, rompendo os laços, que os mantinha presos, ao Campo dos Afonsos – Rio de Janeiro – desde 1913, com o início da Missão Francesa no Brasil, até o inicio dos anos trinta.

Foi assim que Eduardo Gomes, Casemiro Montenegro, Lemos Cunha, Nélson F. L. Wanderley e tantos outros Tenentes Aviadores, com fé, coragem e abnegação tornaram realidade um sonho que encantou e integrou o Brasil.

O primeiro vôo do CAN foi realizado no dia 12 de Junho de 1931, em avião pilotado pelos Tenentes Montenegro e Wanderley, saindo do Campo dos Afonsos pousaram no Campo de Marte, em São Paulo iniciando a grande epopeia que não terá fim.

Campos de pouso foram abertos em cidade onde só o avião poderia chegar, pois não havia estradas, trens nem outros meios de comunicação, apenas as asas metálicas, fortes e seguras do Correio Aéreo, levando além das cartas e encomendas, fé, vida e esperança.

Assim, ao longo dos anos, o CAN conquistou o coração de milhões de brasileiros que aprenderam a reconhecer nele um símbolo e um santuário, onde os verdadeiros valores da Pátria nascem, crescem e se desenvolvem sem cessar.

O CAN se mantém como marco perene, no tempo e no espaço, pela força dos homens que, sem medir esforços, souberam cumprir com honra, lealdade e elevado espírito de profissão e patriotismo, a nobre missão que lhes foi confiada pela Nação Brasileira – Integrar o Brasil pelo ar.

Atualmente, outros aviões, maiores, mais fortes e potentes, sendo outros também, os homens que dão continuidade a obra dos pioneiros, persistindo porem os mesmos ideais, a mesma vontade de integrar e o mesmo senso do dever no cumprimento das missões.

Respeitosamente homenageando o CAN e reverenciando a memória dos pioneiros, alguns sob cujo comando orgulhosamente servimos, desejamos que o dia 12 de junho seja sempre lembrado por todos os brasileiros e, em especial pela Força Aérea Brasileira.

Não poderíamos deixar de citar o nome do Marechal-do-Ar Eduardo Gomes – um dos pioneiros do CAN, que nos deixou um exemplar espírito de nacionalismo e dedicação à Pátria.

Sendo hoje -11 de junho de 2014 – véspera do início no Brasil, do Campeonato Mundial de Futebol, conclamamos nossos compatriotas a disciplinadamente e com espírito esportivo aceitando qualquer que seja o resultado das atuações da nossa Seleção, vibrar e torcer por nossa vitória final.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?