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Contos do Caipira: Quando aprendi a cantar

Como eu gosto de recordar!
Se recordar é viver, vou viver muito e sonhar!
Foi ouvindo mamãe cantar, que desde nenezinho, aprendi a gostar.
Ao lado do berço, a embalar no colo as cantigas de ninar.
Foi assim que aprendi a cantar!
Foi passando o tempo, e passou bem ligeiro!
Fui crescendo, ouvindo mamãe com a mamadeira pronta.
E eu ficava quietinho, com as canções de ninar.
Dorme neném, dorme que papai já vai chegar!
Passava-se o tempo, e minha mãe a se orgulhar, pedindo para que eu cantasse pra visita escutar.
Eu já sabia cantar!
E assim crescendo, mamãe sempre cantarolando, eu gostava e acabava acompanhando.
Mamãe sempre contente!
Quando eu chorava, ela chegava cantando. Até hoje eu me lembro, mamãe me pegando no colo.
Parece que estou sonhando.
Ouço ainda a voz de mamãezinha, e fico pensando…
Hoje velho, cansado, mamãe!
Onde você está?
Vem de novo cantar pra mim!
As cantigas de ninar.
Não consigo dormir, fico a noite toda acordado.
Mamãe, sinto falta do seu cantar.
Volte, mamãe!
De onde você está, cante de novo pra mim suas canções de ninar.

Toninho Junqueira

Toninho Junqueira é locutor há mais de 40 anos, escritor e restaurador de cadeiras antigas e imagens sacras. Desde 2021, conduz sua própria rádio, a São Gonçalo, com 24 horas de programação sertaneja raiz. Fale com o autor por telefone ou WhatsApp: (19) 99147-8069.

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