09/12/2016
Comemorações VIII
ARTIGO | Prosseguimos o comentário sobre a Capela que foi construída de taipa socada, consistindo apenas de um compartimento simples e modesto, de forma retangular, com um pequeno altar de madeira, ao fundo. No pátio levantava-se o cruzeiro, de madeira lavrada. Os mortos eram sepultados de acordo com sua categoria social: os brancos, no interior do templo, os escravos e indigentes, no pateo da Capela.
Os fazendeiros, contudo, ainda por muitos anos, não se sepultaram em Capivari; eram transportados em rede para Itú ou Porto Feliz, em cujas Igrejas ou cemitérios seus corpos eram inumados, “por disposição de última bondade”. Assim aconteceu com quase todos os fundadores de Capivari.
Também as grandes festas religiosas não eram realizadas na Capela, ou pelo menos, delas não participavam os grandes engenheiros (Engenheiro era o nome dado aos proprietários de engenhos de açúcar, designação a que corresponde à expressão hoje em voga – usineiro.), os quais, no geral, se dirigiam de preferência à Itú, onde tinham casa montada e vasto circulo de parentes e amigos. Na Capela rezava-se o terço, assistia-se a celebração da Santa Missa, recebia-se os Sacramentos, e comemorava-se com algum ruído a festa do Padroeiro.
Fora disto a Igrejinha acena se animava, com algum batizado, casamento ou enterro de pessoas mais modestas, agregadas às fazendas açucareiras ou instaladas no arraial com pequenos negócios de armarinhos ou oficinas de “oficiais mecânicos”.
A Independência Nacional
O contato permanente que os povoadores de Capivari mantinham com a Vila de Itú, quer frequentando-lhes as festividades religiosas, os acontecimentos sociais de maior relevo, os incidentes políticos de certo vulto, quer comparecendo às convocações das ordenanças, a que estavam obrigados, como cidadãos daquele distrito, – fazia com que eles realmente participassem da vida social e pública da heróica e lendária terra ituana.
Foi assim que, por ocasião da proclamação do Ipiranga, a 7 de Setembro de 1822, convocados pela Câmara Municipal de Itú, os povoadores capívarianos se apresentaram naquela Vila a fim de jurar fidelidade a D.Pedro e à nova ordem de coisas por ele instituída no Brasil, – a Independência Nacional.
A 12 de outubro desse mesmo ano de 1822, no Paço da Câmara, presentes autoridades civís, militares e eclesiásticas, bem como a totalidade da fidalguia ituana, procedeu-se ao solene juramento de fidelidade à Pátria que desponta livre e soberana, ao cabo de três séculos de sujeição à Corte ultramar tina: “Juro fidelidade e obediência ao nosso Imperador Constitucional do Brasil, o senhor Dom Pedro de Alcântara, bem como defender á custa da própria vida, o ato agora celebrado”, afirmava, um a um, espalmando a dextra sobre um exemplar da Bíblia, apresentado pelo Vigário.
E entre as cento e muitas assinaturas que firmaram o memorável documento, lá estão, no arquivo da Câmara de Itú, os nomes já nossos conhecidos de Joaqui da Costa Garcia, Antonio Pires de Almeida Moura, Manoel José de Almeida Leme, Joaquim de Campos Arruda, Bento Dias Pacheco e Elias Antonio Pacheco.
Era de alguma forma, a nascente povoação de Capivari que participava, por intermédio daqueles povoadores, do mais belo movimento nacional que registram os anais de nossa história política, O Movimento da Independência, sonho ambicionado de tantos corações heróicos, que se concretizava, às margens do Ipiranga, às portas da Capital Paulista, a valorosa Província bandeirante que tanto servira ao Brasil nessa decisiva emergência, pois, como bem testemunhou Saint Hilaire, “pode-se dizer em abono da verdade que a Capitania de S. Paulo salvou o Brasil pela energia de sua repulsa às medidas da Corte de Lisboa e a fidelidade dadas provas para com o Príncipe”.
Cidadania
Aproxima-se: Festas Natalinas e mais uma vez, estaremos comemorando o nascimento do Divino Mestre Jesus, cuja passagem por este Planeta de Expiação e Regeneração, foi dedicada á nos ensinar agraves das palavras e dos exemplos, que somente o amor fraterno, puro, leal, sincero e imortal nos aproximará do Pai Celestial, o Deus do nosso coração e da nossa compreensão. Que devemos amar á Deus sobre todas as coisas e aos nossos semelhantes como a nós mesmos, razões pelas quais com muito amor e gratidão enviamos ao prezados leitores, nossos queridos irmãos e amigos, pelo apoio e incentivo recebidos, ajudando-nos a ajudar, desde já: votos sinceros de Bom Natal e Feliz Ano de 2017 com carinhoso abraço extensivo aos seus familiares, os votos de Paz profunda!