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Comemorações IX

16/12/2016

Comemorações IX

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

ARTIGO | Felizes por estarmos trazendo, com detalhes, ao conhecimento dos atuais moradores desta região a história de seus antepassados, apenas omitindo as relações nominais dos seus habitantes, por serem muito longas e desnecessárias hoje. : “E esse” fato, da solidariedade dos fundadores capivarianos à proclamação do Ipiranga e ao Príncipe D.Pedro, comprova, quando nada, que os sertões de Capivari não palpitavam apenas a febre do desbravamento e da colonização; não subia apenas para o azul a fumarada pardo-escura das queimadas e das chaminés em plena atividade laboriosa, – mas também crescia e prosperava, à luz faiscante dos seus sóis e à magia de seus luares, um povo consciente de sua personalidade política, integrado, de corpo e alma, no amálgama de nossa nascente nacionalidade.
Capivari estava integrada na 8ª. Companhia de Itú, sob o comando do Capitão Manoel José de Almeida Leme.
Antonio Pires de Almeida Moura mantinha sociedade com o Capitão Salvador José Portela, e a safra do ano foi de 3.500 arrobas de açúcar alvo e 800 do redondo.
No rol de escravos de Bento Dias Pacheco, figura, pela primeira vez, o nome do famoso bandido capivariano Euzébio Dias, apelidado “Toco”, e que tanto trabalho iria dar às autoridades municipais e provinciais trinta anos depois. “Toco” á esse tempo, contava apenas dois anos de idade.
Havia, como se vê, no bairro da Capela de Capivari, em 1822, uma população de 428 homens válidos, sendo 56 brancos e 362 escravos. No número dos brancos não se incluem os filhos menores e as mulheres dos fazendeiros, mas apenas os chefes de família e os jornadeiros.
A produção total de açúcar ultrapassou em 1822, a casa das 20.000 arrobas, produção considerável para o tempo, tendo-se em conta os primitivos métodos de cultura e fabricação, bem como o reduzido número de braços empregados na indústria açucareira.
É que o rendimento da terra virgem, a sua extraordinária fertilidade, compensava largamente o trabalho agrícola, e duplicava as colheitas em reduzidas áreas de plantio. Os maiores produtores, pela ordem. Foram: Engenho Queluz (pertencente ao Brigadeiro Manoel Rodrigues e ao Tenente Elias Antonio Pacheco) – 4.000 arrobas; Antonio Pires de Almeida Moura- 3.500; Bento Dias Pacheco- 3.000; Inácia de Góis e Arruda-2.300; Antonio Ferraz de Arruda- 2.000; Estanisláu de Campos e Arruda- 2.000; Capitão Manoel José de Almeida Leme- 1.000; e os demais com menos de mil arrobas.

O arruamento
O pequeno arraial, sob a direção espiritual do Pe. João Jacinto dos Serafins apresentava perspectivas promissoras, com rápido e vigoroso florescimento.
Os recém-chegados de Itú e Porto Feliz eram cada vez mais numerosos, multiplicando-se como cogumelos, os casebres de pau-a-pique, as cabanas de palmito, as “moradas de casas” de taipas espalhadas atabalhoadamente pela suave colina que margeia o rio e pela ampla várzea em que ele movimenta as suas águas vagarosas.
E cada qual, sem controle de qualquer lei ou autoridade, ia tomando posse de terrenos escolhidos e delimitados a seu próprio alvedrio, o que não deixava de constituir séria ameaça ao regular desenvolvimento urbano do arraial capivariano. Isto porque, apoderando-se os recenvindos de lotes de terreno não arruados, ao sabor de pura improvisação e atendendo exclusivamente a seus particulares interesses, lançava-se a barafunda na formação do povoado e truncava, de vez, a sua expansão desafogada e harmoniosa.
A anarquia que se manifestava nessa verdadeira invasão de ádvenas aos terrenos livres da capela, alarmou, de pronto, os maiorais da povoação, que cuidaram imediatamente de impedir a continuação daquele estado de coisas, instituindo a disciplinação do loteamento e da concessão das glebas urbanas. Antonio Pires de Almeida e Joaquim Garcia foram os promotores desse movimento.

Cidadania
“Observamos” que apesar das dificuldades quanto à melhora do aspecto das ruas (quer por falta de operários ou carros quebrados, etc.), há boa vontade da Prefeitura em melhorá-lo, recolhendo o material inútil ali deixado. Os canais de águas estão alagados tornando-se viveiros de pernilongos de “dengue”. A população (com exceções), não cumpre o Regulamento as emporcalhando principalmente em fins de semana. É necessário que pelos contratantes, sejam os contratados, para a limpeza interna ou externa das casas, advertidas para que não o façam.

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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