21/10/2016
Comemorações II
ARTIGO | Prosseguimos transcrevendo trechos dos documentos históricos, cedidos pelo nosso amigo e pesquisador Heitor Turolla, sobre a colonização de Capivari, Rafard e demais municípios desta região, na intenção de levar aos seus moradores conhecimento de suas origens.
“Naquela época o açúcar era o esteio da economia do Estado de S. Paulo. A indústria do açúcar de cana foi a única que logrou prosperar na economia e foi para ela que se voltaram os paulistas, quando a mineração sofreu o estanque da exaustão das catas e a miséria lhes bateu em casa. O processo da fabricação era dos mais simples e primitivos. A cana, atingindo seu estado de maturação conveniente, era cortada, limpa da palha e reunida em feixes pelos escravos à ordem de um Feitor, sendo transportada para o engenho em pesados carros puxados por bois e ai, empilhadas junto as moendas. Acesas as fornalhas, ligado o canal que ia ter á calha da roda d’água, movimentava-se esta, acionando as moendas, e as canas, esmagadas pelos cilindros, deixavam escorrer a garapa esverdeada que ia jorrar, pelas bicas de taquarussú, nos grande tachos de cobre polido. Sob a ação das fornalhas a garapa entrava em ebulição, expelindo as impurezas em coalhos de espuma, que os banqueiros, (escravo encarregado desse serviço, sentado em banco junto ao tacho fumegante), armados de compridas escumadeiras de pau, iam içando em movimentos ritmados, ao som de monótono canto. Dos tachos, obtido o “ponto”, o melaço passava para as resfriadeiras e dessas para as formas, espécie de caixetas de madeira, onde o melaço permanecia por dois ou três dias, a decantar e açucarar, findo esse prazo, abriam-se as formas e estava assim pronto o açúcar, disposto em três camadas distintas, de espessura diversa: a 1ª, de cima, de açúcar alvo, sempre em maior quantidade; a 2ª, mediana, do açúcar amarelo, chamado redondo e finalmente em baixo a 3ª camada residual escura e melada, açúcar preto ou mascavo. Quando a cana era cortada em ponto exato de maturação, o rendimento em açúcar alvo era muito maior, sendo quase inexistente a camada residual do mascavo. Apurado o açúcar, era acondicionado em sacos, caixas ou barris, e remetido para o porto de Santos, por “tropas de cargueiros”, via Itú ou Campinas e a exportação era feita para Portugal (Lisboa e Porto), Pernambuco, Baia, Rio de Janeiro, Iguape, Cananéia, Paranaguá, Santa Catarina, Laguna, Porto Alegre, Montevidéu, Buenos Aires, Moçambique e Guaratuba.
A importância do açúcar na economia paulista ressalta de um simples exame das exportações bandeirantes na época: açúcar = 255.015 arrobas / toucinho = 17.035 arrobas / banha = 2.755 arrobas / café = 341 arrobas / arroz = 3,050 sacas / aguardente de cana = 27 pipas.
A primeira venda
Em 1784 o Capitão André de Sampaio Botelho, juntamente com o Guarda Mór Joaquim Barbosa da Silva e Manoel da Silva Colares, obteve do Capitão General de São Paulo – Francisco da Cunha Menezes, uma carta de sesmaria na qual lhes eram concedidas as terras devolutas “distantes sete léguas de Itú, entre as estradas que vem daquela Vila para a povoação de Piracicaba e Freguesia de Campinas, mais ou menos em meio”, porque eles delas necessitavam ”duas léguas em quadra”, pois “tinham matos”, devendo a sua demarcação “fazer centro ou pião no ribeirão de Capivari sobre um salto, correndo rio abaixo uma légua e rio acima outra légua”. Esse salto, a que se refere a sesmaria do Capitão Botelho, é o que se encontra na Fazenda denominada Cachoeirinha, hoje S. Bento, e as terras do citado povoador abrangiam os terrenos pertencentes à Usina S. Francisco e sitiantes vizinhos.
Cidadania
Sob a ação de um sol abrasador (39º a sombra) voltamos a alertar a pessoas para; usando o bom senso aprenderem a economizar o precioso líquido, sem o qual a vida se extinguirá neste planeta. Mesmo sabendo que; publicando em atendimento as queixas de muitas pessoas preocupadas com a imagem da cidade em que vivemos, nos informam sobre as falhas da atual administração, nada contra as pessoas – administradoras e moradoras -, mas contra a falta de zelo pela limpeza das vias públicas, o lixo posto nas ruas em dias errados e sem ser recolhido. Uma vergonha! Há oficinas em pleno centro residencial, invadindo calçadas e impedindo a passagem de pedestres, principalmente idosos, que obrigados a transitar pelo asfalto arriscam-se atropelamentos, como vimos dias atrás. As perguntas se multiplicam: temos Fiscal de ruas; Segurança Municipal e Militar; (bandidos estão invadindo e roubando casas até verduras); Prefeitura e Câmara Municipal? Aguardaremos as respostas.