Opinião

Comemorações

14/10/2016

Comemorações

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

ARTIGO | Na noite de 11 de outubro de 2016, após reforma interna e externa com muitas modificações, na Igreja Matriz São João Batista, Padroeiro de Capivari, foi realizada a missa comemorativa dos seus cento e noventa anos (190) de fundação, oficiada por Dom Fernando Mason, Bispo Diocesano de Piracicaba, contando com a presença de dezenas de fieis.
Não podemos deixar de citar a imprescindível participação do seu Coral Sta. Cecília, que muito bem orientado e ensaiado abrilhantou essa tão importante cerimônia, após a qual, foram seus componentes muito elogiados.
Por estarem ligados com esta comemoração é que valemo-nos desta oportunidade, para comentar sobre a origem de Capivari bem como da Fazenda Itapeva, sua história e respectiva Capela, baseados em trechos dos documentos encontrados na excelente obra literária: “Fundações Municipais Paulistas nos Séculos XVIII e XIX”, de autoria do emérito Mestre Vinício Stein de Campos, de saudosa memória, digno membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.
Lemos na página 24: ”O caminho de Cuiabá, obra gigantesca que dá bem uma ideia do valor daqueles intrépidos sertanistas, no trecho compreendido entre Itú e Piracicaba cruzava as terras do sertão de Capivari. Era um picadão rasgado na floresta virgem, desbastado o suficiente para permitir o trânsito dos cargueiros. Não chegou a converter-se em estrada carroçável, pois a corte ultramarina, receosa dos descaminhos do ouro que essa facilidade em “ir e vir das minas” poderia causar, decretou que se vedasse o seu uso, a fim de que voltasse ao primitivo estado! Desvanecidos os traços do picadão de Felipe Cardoso, em breve recuperado pelo matagal, Itú e Piracicaba voltaram a se comunicar apenas pelos rios, o que obrigava a uma volta relativamente grande, pois aos sessenta e poucos quilômetros da via terrestre se opunham os cento e trinta da fluvial”.
“Piracicaba tornou-se o posto de abastecimento da fortaleza Matogrossense, e, deste modo, voltou a ordem do dia o picadão que fora aberto em 1725, entre Itú e esta paragem. Como narra Azevedo Marques, e foi pratica seguida até épocas recentes, aberto o caminho, os povoadores com recursos para a colonização das glebas, iam requerendo sesmarias de um e de outro lado e formando nas terras novas desse sertão as suas fazendas e fábricas de açúcar.
Conjuntamente com o de Piracicaba começava o povoamento de Capivari. Capivari como Piracicaba, deve a sua existência ao governo do dinâmico Morgado de Mateus, pois a reabertura do picadão de Felipe Cardoso, permitindo o acesso dos povoadores, que preparou o advento do novo município e o seu rápido florecimento agrícola.
João Hilário Grellet, francês emigrado por questões políticas instalara-se nas vizinhanças de Garcia, o que redundaria em grossa demanda; Fernando de Barros, de Itú, formava seus canaviais nas terras novas do “Mosso Vermelho”, e até de Porto Feliz, o patriarca dos Amarais, Capitão Mor Manoel José Vaz Botelho, abandonando seu sítio em Araritaguaba, vinha fundar em Capivari a fazenda Ponte Grande, futuro núcleo da poderosa usina açucareira que Henri Raffard ali instalaria em 1883.
O móvel dêsse fluxo de povoadores era, como bem anotou Castro e Mendonça, as vantagens que o sertão capivariano oferecia aos lavradores de cana: terras excelentes para a lavoura, pastagens e aguada para o gado, lenha abundante para as fornalhas do engenho.
Na esperança de estarmos colaborando com os interessados, seguiremos relatando parte da histórica origem dos atuais Municípios desta região.

Cidadania
Após as eleições, definidas as próximas autoridades que irão, a partir de Janeiro de 2017, orientar o destino deste Município, será de bom alvitre que as atuais, valendo-se dos três meses que restam em seus mandatos, aproveitem para “por a casa em ordem”, entregando-a “limpa e bem arrumada”: mandando varrer as ruas; consertar as calçadas; tapar os buracos do asfalto; cortar o mato que é visto pela cidade inteira; pintar as placas orientadoras, quase apagadas, assim com as lombadas; providenciar para que a Guarda Municipal e a Polícia Militar multem os infratores do Regulamento do Código de Trânsito, etc.,etc., etc. numa tentativa de ressarcir a divida acumulada com a população que, embora alertando e mostrando as falhas, não foi atendida…
Sempre há tempo para: pedindo desculpas, corrigir-se os erros cometidos e neles não reincidindo.

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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