Turismo

Coluna Turismo Paulista por Jarbas Favoretto

Moto Home para todos os gostos

Sobre Caravanismo

Os amantes de trailers e motor homes praticam o puro turismo, embora nem sempre o façam nos campings apropriados onde toda a infraestrutura é bem cuidada, exatamente para recebê-los.

Pouco se fala a respeito, mas sabe o leitor quantos equipamentos desses entraram no Brasil durante a Copa Fifa?
Pois bem, segundo nos informa o pessoal dessa área, ingressaram por nossas fronteiras naquele evento mais de 8.000 equipamentos de ‘caravanismo’, entre trailers e motor homes, e sem contar as barracas.

Por esse impressionante número é possível termos uma ideia da grandeza desse segmento no turismo.

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Boa estrutura no Campestre Clube de Ibirá-SP

História

Exemplo de interior de um Motor Home

Historicamente, o campismo nasceu na antiguidade, em expedições militares, quando tropas completas se amparavam em tendas de tecidos ou peles de animais.

A prática ganhou essência educacional em 1860, quando adotada como processo de ensino infanto-juvenil, até que, em 1908, Baden Powel concebeu o escotismo.

Em tempos recentes, a necessidade de se buscar paz e tranquilidade longe dos centros urbanos gerou a procura de locais na natureza e, com o progresso da industrialização, passamos a ter as comodidades que nos dão os equipamentos para essa prática.

Assim é o Caravanismo, um ato de acampar utilizando um veículo. Neste caso, em vez de uma barraca, utiliza-se como abrigo um veículo preparado para o acolhimento e conforto dos ocupantes, entre nós ele é denominado “Veículos de Recreação” ou Motor Home.

Durante a pandemia, as fábricas de Motor Home e trailers dobraram a sua produção batendo recordes.

No Brasil

Caravanismo, segmento que ajuda o Turismo Rural

O campismo no Brasil começou a ser implantado em 1910 pela marinha de guerra, que trouxe o escotismo para o país.

Até a década de 1960 o campismo foi praticado de forma selvagem e somente em barracas, quando em 1964 surge a primeira fábrica de trailers do Brasil.

Após inúmeras dificuldades a produção ganhou terreno, e até nasceram outras fábricas, não demorando para que se unisse o veículo e o trailer a um equipamento só: os Motor Homes, os quais, juntamente com os trailers, passaram a cruzar nossas estradas.

Apesar do código de trânsito de 1997 ter sacrificado muito o setor com exigências além da conta, mais o preço dos combustíveis, pedágios e falta de incentivo governamental, o campismo vai se equilibrando como pode, e já chega a ganhar novos adeptos.

Afinal, que país melhor do que o Brasil para se desfrutar a natureza?

E que Estado brasileiro tem as melhores estradas?

Em São Paulo

Camping da Chimbica, em Monteiro Lobato-SP

Presumimos que atualmente tenhamos mais de 5.000 pontos de camping cadastrados, pontos de apoio e wild campings

No Estado de São Paulo, pasmem, já temos 185 cidades dotadas de campings de todos os tipos. E, nem sempre divulgados.

O município de Monteiro Lobato, por exemplo, oferece sete campings.

Como declara o especialista Ronald Ataulo, Diretor Consultivo da AMITur:

“- O Brasil precisa ouvir falar mais sobre o caravanismo, um meio de turismo barato e que proporciona um contato intenso com a natureza”, e ele conclui: “- Não é à toa que a modalidade é extremamente desenvolvida nos países do primeiro mundo”.

Ronald Ataulo começou a vida no caravanismo em 1987 com um trailer “Pipoca” Turiscar brilhante luxo. Trocou por um “Diamante” 1991 e, depois, por um Motor Home “Itapoã’ 2005. Agora, ele está com um Turiscar “New Pipoca” 2017.

(texto de Jarbas Favoretto, MTb 32.511 –10/2020)

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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