De 49 municípios, 18 tiveram crescimento nas ocorrências neste ano. Em São Pedro e Capivari, apreensões de drogas mais que dobraram.
Do G1 Campinas e Região
O número de ocorrências envolvendo tráfico de drogas aumentou em 18 das 49 cidades da área de cobertura da EPTV na região de Campinas (SP), segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Apesar da aparente tranquilidade, as três cidades que mais registraram aumento nos casos de tráfico têm menos de 50 mil habitantes.
São Pedro (SP) registrou aumento de 115% nas ocorrências até o mês de outubro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 28 ocorrências de tráfico este ano contra 13 em 2011. Em segundo lugar, Capivari (SP) teve aumento de 113%, com 81 ocorrências de tráfico até o mês passado, contra 38 no mesmo período de 2011. Na sequência, Estiva Gerbi (SP) aparece com 100% de aumento no número de casos.
Segundo o delegado titular da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Campinas, Oswaldo Diez Júnior, o número nas pequenas cidades reflete um aumento na quantidade de usuários de drogas. “Houve migração das quadrilhas que utilizam cidades menores para descobrir um novo mercado consumidor”, afirmou.
‘Traficantes mudaram de lugar’
Nos maiores centros, segundo o delegado, o aumento não é significativo devido ao grande número de ocorrências. Em Campinas, foram registrados 833 casos de tráfico até outubro de 2011, contra 982 até o mesmo período deste ano, um aumento de 11%. Em Piracicaba (SP), o número de casos de tráfico se manteve estável: 543 entre janeiro e outubro de 2011 e 538 no mesmo período de 2012, conforme as estatísticas oficiais do governo.
“As grandes cidades sempre tiveram maior atenção do poder público. Sabendo disso, os traficantes mudaram de lugar”, justificou. Para o delegado, o aumento no número de ocorrências também reflete um trabalho mais intenso da polícia. Diez afirmou que o combate ao tráfico nas cidades menores pode ser mais fácil. “Pelo fato de todos se conhecerem, até mesmo conhecerem as autoridades policiais, a população tem meios de denunciar e apontar onde o crime ocorre”, disse.
