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Cidades entram em Estado de Atenção por baixa umidade do ar

11/08/2017

Cidades entram em Estado de Atenção por baixa umidade do ar

Queimadas em canaviais e matagais são constantes nesta época (Foto: Reprodução/Internet)
Queimadas em canaviais e matagais são constantes nesta época (Foto: Reprodução/Internet)

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo emitiu um alerta à população em relação ao tempo seco, pois a baixa umidade do ar favorece o aumento de alergias respiratórias e de pele, principalmente em crianças, idosos e portadores de doenças crônicas.
Em Capivari, a umidade relativa do ar atingiu a marca de 27,5% na tarde de terça-feira, 8. Com isso, a Defesa Civil, que acompanha as informações climáticas por meio da Estação Meteorológica Automática do CIIAGRO – Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas, decretou Estado de Atenção.
O tempo seco pode causar irritação nos olhos, sangramento pelo nariz, complicações alérgicas e respiratórias. Nesse período, também aumenta o risco de queimadas em vegetação. O último registro de chuvas em Capivari foi no dia 14 de junho, quando os pluviômetros apontaram 9,90 mm.
A prevenção contra as doenças respiratórias, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), asma e pneumonia é fundamental durante todo o ano e deve ser redobrada nesse período. A rinite alérgica, por exemplo, pode ser agravada em razão da falta de umidade no ar.
Em todos os casos, deve se tomar cuidados simples, mas eficazes com a saúde, como aumentar a ingestão de líquido, fazer inalação e lavar o nariz com soro fisiológico. “O tempo seco causa ressecamento das vias aéreas e viabiliza a proliferação de vírus e agravamento de doenças e alergias respiratórias, como asma, que pode ser tanto crônica, quanto alérgica. A ingestão de água e permanência em locais ventilados são ótimas maneiras de prevenção”, informa o pneumologista do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Barradas, Fábio Muchão.
Além da hidratação oral, é importante hidratar o corpo. Pessoas com pele mais sensível, que tenham doenças de pele ou pré-disposição a desenvolvê-las também podem ter agravamento de sintomas durante o clima seco. “A ingestão de água e uso de hidratantes corporais é indispensável. O hidratante não pode faltar no tratamento da pele, mesmo que seja necessário utiliza-lo várias vezes ao dia”, afirma a coordenadora do setor de dermatologia do AME Barradas, Bhertha Tamura.
A médica destaca ainda a necessidade da hidratação corporal para os idosos pois, com o avanço da idade, as pessoas tendem a perder a oleosidade da pele, favorecendo o ressecamento. Portadores de doenças de pele crônicas, como dermatite atópica e ceratose tendem a ter seu quadro agravado e devem sempre procurar a orientação de seus médicos para tratamentos específicos.
De acordo com um balanço feito pela Secretaria de Saúde do Estado, cerca de 60% das internações realizadas anualmente em decorrência de doenças respiratórias, concentram-se entre os meses de março e agosto, período que abrange o outono e o inverno, estações com menor incidência de chuva e queda na umidade do ar. Em 2016, foram 236 mil internações do tipo, onde 137 mil ocorreram nesse intervalo de seis meses.

Dicas
Para evitar agravamento de doenças de pele durante o tempo seco: beba bastante água, pelo menos 2 litros por dia; use hidratante corporal todos os dias, principalmente após o banho. Se necessário, utilize várias vezes ao dia; com o ressecamento, ocorrem coceiras na pele. Evite coçar-se, pois pode causar inflamações ou até mesmo infecções; evite tomar banhos demorados, com água muito quente; em caso de ressecamento severo da pele, procure seu dermatologista.
Para evitar doenças respiratórias durante o tempo seco: evite locais totalmente fechados; cubra a boca com um lenço quando for espirrar; beba muita água, pelo menos 2 litros por dia; mantenha a carteira de vacinação em dia; lave o nariz e faça inalação com soro fisiológico.

Queimadas
O Departamento de Fiscalização de Posturas e Meio Ambiente de Capivari tem recebido pelo menos uma denúncia de queimada urbana por dia.
No período de estiagem, que na região ocorre entre os meses de junho a setembro, aumenta a incidência de queimadas em função das condições climáticas, sendo que os principais fatores que ocasionam focos de incêndio em áreas urbanas estão associados à queimadas provocadas pelos seres humanos, sendo as mais comuns relacionadas a queima de lixo, de restos de poda e capina, queimadas para limpeza de terrenos e até mesmo causadas por bitucas de cigarro.
Queimadas urbanas trazem sérios problemas relacionados à saúde pública, devido ao aumento de calor e poluição do ar gerada pela fumaça e liberação de gases e substâncias que agravam problemas respiratórios, principalmente em crianças e idosos e que podem até causar câncer; à saúde ambiental, pois são prejudiciais à qualidade do ar, ocasionando desequilíbrio ambiental com morte da fauna e flora, além de empobrecimento dos solos e aumento de erosões; também estão diretamente relacionadas a acidentes em estradas e vias públicas municipais e, com a vegetação seca, o fogo pode se espalhar rapidamente causando incêndios de grandes proporções.
A prática de queimada é crime conforme o Código Penal Brasileiro (Lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940) e a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998), que estabelece pena de reclusão e multa. O Código de Posturas Municipal prevê em seu Art. 10, inciso VI que não é permitido queimar, mesmo que seja no próprio quintal ou terreno, lixo ou quaisquer detritos ou objetos; enquanto que o Art. 22, parágrafo segundo prevê que os terrenos das áreas urbanas e de extensão urbana deverão ser obrigatoriamente mantidos limpos, capinados e isentos de quaisquer materiais nocivos à vizinhança e coletividade, e que o lixo e entulho resultante da limpeza dos quintais e terrenos deverão ser removidos pelos proprietários ou responsáveis, sendo proibida a sua queima. A multa por queimadas urbanas pode chegar a R$ 900.
A limpeza de terrenos deve ser realizada mediante roçada manual ou mecânica e os restos de limpeza de terreno, capinas, podas, assim como de móveis e de construção civil até um metro cúbicodevem ser encaminhados aos Ecopontos, que recebem gratuitamente este material, e estão localizados na Av. José Bernardo Duppret, nº 375, bairro Castelani e na Rua Demetrio Girardi, s/nº, bairro Sgariboldi.
A população pode e deve denunciar as queimadas urbanas, por meio da Ouvidoria Municipal pelo telefone 3491-3365 ou Defesa Civil pelo 199 em horário comercial. A Guarda Civil também atende denúncias 24 horas por dia pelo número 153.

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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