Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Chico Xavier e os abençoados inimigos

A metade dos meus homens de Governo não é capaz de fazer quase nada. O problema é que a outra metade é capaz de fazer qualquer coisa. Getúlio Vargas (1900 – 1954)

Com os ensinos de Jesus vamos aprendendo a não revidar, porém exercer o nosso direito de defesa e proteção.
Essa defesa tem que começar contra os nossos pensamentos e ideações suicidas. O presidente Getúlio Vargas relata sua experiência de suicida e escreve uma nova carta ao povo brasileiro, no livro Getúlio Vargas em dois mundos, pela Editora EME, que já foi para o teatro em São Paulo e também no Rio Grande do Sul.

Os espíritos contam suas experiências de entrarem por essa porta falsa que causa muitas dores na vida pós-túmulo e depois em novos corpos. Como todo ato, tem suas atenuantes e agravantes na misericórdia divina, mas essa ação é considerada de extrema rebeldia às leis de Deus.

Os espíritos de luz, conhecendo nossas imperfeições e sendo generosos conosco, sempre recomendam que não julguemos alguém por ter os erros e enganos diferentes dos nossos. Aprendemos com esses que alcançaram entendimento da lei do amor e que sempre dizem que devemos perdoar os outros, não porque eles mereçam nosso perdão, mas porque nós precisamos e merecemos ter saúde e serenidade.

Chico Xavier, que psicografou mais de quatro centenas de livros e milhares de mensagens, vivia a lição de que nossos inimigos forçam nossa melhora e que os piores inimigos somos nós mesmos.

Veja a orientação que ele recebeu: “Lembre-se de que você mesmo é o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seus ideais, a mais clara demonstração de seus princípios, o mais alto padrão do ensino superior que seu espírito abraça e a mensagem viva das elevadas noções que você transmite aos outros.
“Não se esqueça, igualmente, de que o maior inimigo de suas realizações mais nobres, a completa ou incompleta negação do idealismo sublime que você apregoa, a nota discordante da sinfonia do bem que pretende executar, o arquiteto de suas aflições e o destruidor de suas oportunidades de elevação – é você mesmo” (André Luiz, Agenda cristã, FEB).

As eleições estão aí, há cada dois anos se repetem e durante muito tempo eu pensei que os meus problemas fossem causados pelas pessoas que estavam de fora, mas não é verdade. O maior problema quem causa somos nós, é o tanto que a gente deixa o outro nos afetar, é o tanto que a gente deixa o outro nos dominar.

Um deputado declarou numa CPI: “Os amigos são sempre os piores inimigos dos políticos. Na política, os inimigos são previsíveis, mas nunca se sabe o que os aliados serão capazes de fazer”.

A história recente do Brasil demonstra que foi o irmão traído o estopim da crise que levou à queda do ex-presidente Fernando Collor. Foi o leal segurança, de anos, o arquiteto do atentado contra Carlos Lacerda, que levou ao suicídio de Getúlio Vargas. Foram amigos de debate econômico os pedaleiros do orçamento que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff.

Este ano, em casa, estamos aprendendo a respeitar as opiniões e não discutir ou criar polêmicas com os entes queridos, por pessoas que nem conhecemos. Na verdade, nem os candidatos se conhecem verdadeiramente.

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