Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Chico Xavier e as experiências espirituais com famosos

“Milhares de velas podem ser acesas com uma única vela, sem que a luz desta vela diminua. A felicidade nunca diminui por ser partilhada.” Buda

No dia 02 de abril comemora-se o nascimento desse ilustre espírito que chamamos por Chico Xavier, renascido na cidade de Pedro Leopoldo-MG, e em 30 de junho comemora-se vinte anos de seu retorno ao reino das almas do plano de Deus.

O médium e filantropo Chico Xavier, ao longo de 92 anos de vida, psicografou mais de 450 livros e mais de 10 mil cartas de espíritos para familiares que haviam perdido ente querido, confortando pessoas desconsoladas de todo o Brasil que iam até ele em busca de notícias de seus parentes mortos, inclusive cartas de crianças, recheadas de informações íntimas e nomes de parentes falecidos há muitos anos.

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Em uma dessas cartas, um menino, Rangel, que desencarnou aos 3 anos depois de cair de uma bicicleta, escreve aos pais um ano após sua morte, trazendo na carta uma caligrafia de traços infantis, com a ajuda do avô (também falecido):

“Querido papai Aguinaldo e querida mamãe Célia, com vovó Lia. Sou eu o Tetéo. Estou com o meu avô Lico e com a minha tia Gilda. Vovô me auxilia a escrever, porque estou aprendendo. Estou vendo a tia Lé.

“Eu estou vivo e vou crescer. Estou aprendendo a escrever só para dizer ao seu carinho e ao carinho da mamãe Célia que não morri”. (1)

Oito anos após a morte do médium, sua história foi transformada no filme “Chico Xavier”; um dos atores do longa, o ator Nelson Xavier, que interpreta o médium no período de 1969 a 1975, conta com voz embargada, ao relembrar o encontro em vida com o médium: “Chico foi uma revolução em minha vida. A mensagem dele é de que a gente tem que acreditar mais no amor. Eu vivia num ateísmo profundo antes de mergulhar no universo dele. Ao ler o livro fui tomado por uma cachoeira de emoções e lamentei ter vivido tanto tempo sem o Chico”. (2)
O médium mineiro conquistou o carinho e respeito de muitos representantes da classe artística, como Roberto Carlos, Fábio Jr., Gugu Liberato.

Filho do cantor Roberto Carlos, Dudu Braga – que nasceu com glaucoma congênito e enxergou até os 22 anos – retornou ao Brasil, em 1995 após descobrir que perderia a visão. Abalado e com muita saudade da mãe, Nice, que havia morrido havia cinco anos, resolveu visitar Chico, uma pessoa que seu pai tanto admirava. Após esse encontro, Dudu sentiu-se mais sereno ao descobrir que sua mãe estava bem espiritualmente e o acompanhava sempre.

Em 1992, o apresentador Gugu Liberato conheceu Chico Xavier quando esteve em sua casa na cidade de Uberaba realizando uma reportagem. Apesar de católico, Gugu se emocionou diante daquela figura frágil e tão devota a Jesus, afirmando: “Chico não era um homem de teorias. Ele praticava amor em sua essência”.

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