Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Chico Xavier e a guerra

Preocupações não nos tiram os problemas de amanhã, eles tiram-nos a paz de hoje. Buda

Segundo o jornal Dia, Chico Xavier, o médium mais famoso do Brasil, teria feito uma previsão em 1971, no programa Pinga-Fogo, para a humanidade passar por transformações profundas: a data limite, comentada por alguns espíritas, seria 20 de julho de 2019.

O médium teria afirmado haver uma ligação com a chegada do homem à Lua, no dia 20 de julho de 1969. Nesse dia, entidades teriam se reunido no mundo espiritual e decidido dar o prazo de 50 anos para a humanidade. Se não acontecesse a Terceira Guerra Mundial vencido o prazo de cinco décadas, a Terra e seus habitantes viveriam uma nova era. (1)

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Curiosamente, menos de seis meses depois dos 50 anos de o homem ter pisado na Lua apareceu a pandemia do novo coronavírus.

Mas as mudanças não acontecem do dia para a noite. Essa nova era seria semelhante a um estágio escolar pelo qual devemos passar para nosso aperfeiçoamento moral e espiritual; nosso planeta Terra é um mundo de segunda categoria (foi mundo primitivo e agora está na condição de mundo de provas e expiações), e com o processo de expiação (de nossos defeitos humanos), que ainda decorrerá nos milênios futuros, chegaremos à condição de mundo de regeneração.

É como o aluno que vai se aprimorando, passando pelo primário, secundário, faculdade, mestrado e doutorado. Segundo os espíritos, a lição de Jesus é de que “na casa do Pai há muitas moradas”: depois de habitarmos a morada de regeneração, ainda teremos a dos mundos felizes (nos quais o bem supera o mal) e por fim a dos mundos celestes ou divinos, nos quais o bem reina exclusivo. (2)

Em mensagem reproduzida pelo médium, um de seus benfeitores comenta: “Aproxime-se do bem, procure-o com decisão e a bondade virá iluminar seu caminho. Somente aí você surgirá perfeitamente armado para vencer na guerra contra o mal”.

Chico Xavier viveu humildemente de sua parca aposentadoria. Durante toda a sua vida, não consta que tenha tido carro ou caderneta de poupança. A poupança seria em benefício do semelhante, tanto é que cedeu todos os direitos autorais de seus livros psicografados para organizações espíritas e/ou instituições sociais.

Chico não aceitava nem mesmo presentes. Quando desejavam lhe ofertar dinheiro, ele recusava e dizia: “Ajude o primeiro necessitado que encontrar”.

Por três vezes estive com esse apóstolo do Cristo, e o vi ao longo de sua existência visitar muitos hospitais, presídios, orfanatos, asilos, mesmo enfrentando sérios problemas de saúde, quando envelhecia.

Diante das dificuldades o médium não reclamava, mas consolava: “Não reclame das sombras. Faça luz”.

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