Se há um problema pelo qual o comércio passa com muita frequência é a falta de troco. O Banco Central anunciou uma nova cédula de R$ 200 que começou a circular nesta quarta-feira (2).
A nota não agradou quem trabalha com dinheiro em espécie. Comerciantes que já sentem dificuldade para trocar notas de R$ 100 e R$ 50 preveem ainda mais transtornos com a nota maior.
Recentemente, a especialista em finanças Nathalia Arcuri falou sobre a iniciativa do governo em suas redes sociais e destacou a questão do troco para um valor tão alto.
Para Anderson Locatelli, diretor executivo da Troco Simples (https://trocosimples.com.br/) – startup que que simplifica transações financeiras que envolvem dinheiro em espécie – as transações em espécie e a falta de troco é uma dor muito comum entre os comerciantes e varejistas.
“Troco na nuvem”: tecnologia pode ajudar
A startup criou uma solução em nuvem conhecida como troco digital e tem ajudado centenas de empreendedores – principalmente na região Sul do país.
Presente em mais de 400 estabelecimentos, a Troco Simples desde janeiro já realizou 285 mil transações de troco digital nos estabelecimentos.
“Nosso papel é levar aos varejistas e consumidores acesso a essas alternativas que diminuem a dependência de carregar dinheiro e moedas em grande quantidade na mão.
Assim como o troco digital que é recebido diretamente no CPF do consumidor, outros sistemas podem facilitar a utilização do usuário. Pessoas que não possuem conta em banco, conseguem receber a moeda digital”, afirma.
Ainda segundo o executivo, o troco digital diminuiu o contato com as cédulas e moedas.
“Num período de pandemia, o dinheiro físico pode transmitir uma série de bactérias e não apenas o coronavírus. Durante o pagamento de uma compra, uma nota ou qualquer moedinha, pode transformar essa simples ação em problema de saúde.
Com o troco digital também é possível fazer o pagamento das próximas compras com o valor acumulado, evitando o contato total com o dinheiro”, explica.
Transformação digital do varejo
Os pagamentos digitais estão mudando a forma que a população lida com o dinheiro. O método de pagamento via smartphone já domina bares e restaurantes.
“As fintechs tem colaborado para isso, essas empresas estão acelerando as operações e atendimentos apenas com um clique dos usuários, pessoalmente – nos pagamentos por aproximação – ou à distância em sites e compras pela internet”, comenta.
A interpretação dos consumidores no varejo pode definir novas tendências no mercado.
“Vale lembrar que no setor varejista – online ou digital – é necessário deduzir o comportamento do consumidor e adaptar de acordo com a cada região.
Para a partir daí propor soluções que podem resolver a dor do consumidor que procura eficiência. Toda essa transformação digital está fazendo com que os compradores fiquem mais exigentes”, conclui Locatelli.