Falando de Vinho

Carménère: Redescoberta Chilena

A Carménère é uma variedade bem antiga, sua origem é de Bordeaux, França e redescoberta no Chile. Seu nome derivou da cor carmim de suas folhas antes do outono.

Durante muito tempo neste país foi confundida com a cepa Merlot, pelas semelhanças gustativas. É uma variedade que dá origem a vinhos bons e medianamente encorpados, muito coloridos. Acreditava-se que estava extinto após o afídeo mortal, a filoxera em 1890 na Europa.

A Carménère poderia ter se extinguido se não tivesse sido confundida com a Merlot e plantada no Chile durante o século XIX. Apenas em 1994 um teste de DNA confirmou a verdadeira identidade da Carménère.

Foto: Reprodução internet

A região chilena de Colchagua é muito conhecida por seus bons vinhos Carménère. Fique de olho nas sub-regiões de Los Lingues ou Apalta nas boas safras.

Os vinhos elaborados com a Carménère podem ser mais leves ou mais potentes. Em regiões de clima frio, tendem a ter aromas de pimentão e framboesa. Em regiões mais quentes, os aromas predominantes são ameixa preta e frutas vermelhas em geléia.

A casta Carmenere é relativamente polêmica no Brasil. Se por um lado há muitos enófilos que a apreciam, há também um contingente significativo dos que a evitam, por considerarem seus vinhos muito herbáceos.

Se não colhida na época exata, origina vinhos ásperos, com pouca expressão frutada e aroma herbáceo excessivo. Seus principais produtores são Chile onde encontra-se 75%, Itália e China.

Harmonização: Carnes Magras, suínos e aves com molhos de ervas.

Érica Falsirolli Franchi

Érica Falsirolli Franchi, sommelière pela Associação Brasileira de Sommeliers/ Subseção Campinas e certificada internacionalmente pelo Centro Italiano di Analisi Sensoriale – CIAS INNOVATION.

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