12/03/2015
Capivari tem mais de 800 pessoas confirmadas em manifestação por impeachment de Dilma
Ato marcado para ocorrer neste domingo em vários estados do país tem início às 16h, na Praça Central da cidade
A manifestação a favor do impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), marcada para este domingo, 15, em pelo menos 35 cidades de vários estados do país, também vai acontecer em Capivari. Até a última quarta-feira, 11, um evento no Facebook já reunia 826 pessoas com presença confirmada para o ato público, que deve ocorrer a partir das 16h, na Praça Central.
De acordo com um dos organizadores do protesto no município, o profissional autônomo Fabio Luciano Pereira, de 42 anos, a estimativa é reunir 2.500 pessoas, incluindo moradores de Rafard, Mombuca, Rio das Pedras, Elias Fausto e Monte Mor. “O que a gente está fazendo não é partidário, é feito pelo povo, pelo descontentamento com o governo federal”, afirma.
Ele explica que o objetivo da manifestação é levar a vontade da população ao conhecimento dos parlamentares, a fim de que a presidente seja investigada pelo escândalo de corrupção na Petrobras. A lista de políticos suspeitos de participar da fraude na estatal foi divulgada no último dia 6 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Dilma e um dos principais líderes da oposição ao governo dela, o senador Aécio Neves (PSDB), ficaram de fora.
“Estamos um pouco isolados aqui em Capivari, mas a gente está lutando em uma briga nacional, para mostrar que também estamos sendo afetados, embora a cidade seja pequena”, diz. Ainda de acordo com Pereira, após a concentração na Praça Central, o ato público no município planeja marchar em volta da praça e nas proximidades da Prefeitura, cantando o Hino Nacional. “Será pacífico”, garante.
“Não temos apoio de nenhum político e nem da Prefeitura. Estamos correndo atrás de tudo: som, telão, camisetas”, conta a outra organizadora do evento, a funcionária pública Juliana Pereira, de 37 anos. Segundo ela, cães do canil da Guarda Municipal irão garantir a segurança dos manifestantes. “E fizemos o pedido de uma ambulância para deixar lá, para o caso de alguém passar mal.”
Durante o pronunciamento oficial realizado no último domingo, 8, a presidente defendeu o direito de as pessoas saírem às ruas para protestar. Porém, criticou a ideia de anular as eleições de 2014 – nas redes sociais, os grupos compartilham a insatisfação com o governo federal, mas se dividem entre os que são a favor do impeachment e os que querem a anulação da eleição imediatamente.
“Eu acho que há de caracterizar razões para o impeachment, e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente também não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve o primeiro e o segundo turnos. O terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática”, disse Dilma.