27/10/2017
Capivari e sua verdadeira história XXVI
Prosseguindo
E o Agente da Coletoria, com a renda prevista de 70$400, observava desolado ao final do exercício, que a receita dos impostos de Taberna “somavam tão somente a quantia de 3$200.” Em compensação os impostos das Lojas lhe proporcionaram melhor arrecadação: Eram de 12$800 por estabelecimento e havia na Vila 10 casas comerciais desse gênero, – 3 de secos e molhados e 7 de fazendas.
Tinham “Lojas de fazendas”, Saturnino Paes Leite, na rua da Praia; Constantino Arruda Campos (o armazém de Constantino ficava no local que hoje existe a casa Mattar) e Francisco Izidoro de Almeida, na rua da Paciência; Jesuíno Francisco de Paula, na rua Boa Vista; Manoel Rodrigues Novais, na rua da Ponte; José Rodrigues da Cunha, na rua Lavapés e José de Arruda Leite Penteado, (avô do poeta Amadeu Amaral, cuja Loja ficava na rua da Palma, esquina da Praça Cesário Motta com a rua Fernando de Barros, em frente da Coletoria Estadual).
Negociavam com “molhados” Francisco José dos Santos, na rua da Praia; Roque Teixeira, na Esperança e Antonio Francisco Rodrigues, na rua da Paciência. A arrecadação geral dos impostos (Tabernas, Lojas, selo e predial urbano) rendeu Rs. 878$543, pelo que Antonio Ribeiro abiscoitou a bela soma de Rs. 48$111, “sua comiçam”.
Um debate forense
Entrara-se em 1837 e o ano novo trouxera calma, muita calma para a Vila, abalada ainda aos ecos das últimas eleições. A 7 de janeiro empossou-se a nova edilidade, sob a presidência de José de Arruda Penteado, que tinha sua casa comercial em frente ao casarão do Tenente Paes de Barros, seu amigo e chefe político.
José Tristão do Lado de Cristo, em virtude do processo a que respondeu, deixou o cargo de escrivão, sendo designado para sucedê-lo no emprego, o Agente Antonio Benedito Ribeiro, seu substituto, igualmente na Secretaria da Câmara. A 22 de julho instala-se em Capivari, provido do cargo de escrivão de órfãos, Manoel Anselmo de Souza.
Já tivemos ocasião de falar no inventário de Manoel Pinto e rija demanda travada entre os dois irmãos, Antonio e João Vieira, empenhados cada qual em fazer-se inventariante do espólio. Era de uso, nessas priscas eras, assinarem os interessados as petições e arrazoados forenses, embora fossem estes do punho dos causídicos contratados da defesa de seus direitos. Tinha esta prática, para nós que examinamos tais documentos cem anos depois, o inconveniente de conservar ocultos, os nomes dos verdadeiros autores dessas curiosíssimas peças forenses, que ficam, assim, para sempre ignorados. (Segue)
Cidadania
Em mãos, cópias de documentos comprobatórios de abaixo assinado por proprietários, moradores e cidadãos da Rua Marechal Deodoro da Fonseca neste Município, bem como pesquisa feita quanto ao novo posicionamento da Comgás, para a instalação de tubos condutores de gás na referida Rua, com destino ao Distrito Industrial.
Como morador e Cidadão Rafardense, embora não residindo na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, sou solidário aos seus moradores, na expectativa de que seja encontrado um divisor comum para o problema apresentado, em benefício da comunidade.
O “Departamento do Trânsito” de Rafard continua inativo quanto aos abusos constantemente verificados em suas ruas, com veículos de todas as espécies, especialmente dos estacionamentos reservados a idosos e cadeirantes, onde os “maus caráteres” não dão a mínima para as placas. Também os caminhões “malas” conduzindo toneladas, cruzam as ruas centrais prejudicando o fino asfalto e estacionando ostensivamente junto a placas proibitivas.
Indagamos até quando permanecerá essa falta de fiscalização e punição aos infratores.