A cidade de Capivari foi contemplada em um chamamento público para o restauro da Casa do Barão de Almeida Lima, popularmente conhecida como “Casarão do Lembo”, na esquina das ruas Tiradentes com Fernando de Barros, no centro. O projeto vai transformar o local em um Centro Cultural referência na região.
No total, 36 cidades do Estado se inscreveram no chamamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, sendo que apenas dez seriam contempladas. Capivari recebeu nota 8,93, o que a colocou em quarto lugar entre as postulantes às verbas.
O prefeito de Capivari, Vitor Riccomini, comemoro
u a boa colocação e a iniciativa da equipe que elaborou o projeto aprovado pelo Estado.
“Inscrevemos nosso município através de um trabalho 100% realizado pela nossa Secretaria de Projetos e Convênios e fomos contemplados, ou seja, vamos ser incluídos no orçamento do governo do Estado. E muito em breve Capivari vai aumentar ainda mais seu potencial para turismo, para a divulgação de nosso município e a movimentação da economia. Fora, que ainda vamos valorizar a nossa história”, reforçou Vitão, que visitou as obras do local.
Segundo Felipe Rusignelli, secretário de Projetos, Convênios e Captação de Recursos da Prefeitura de Capivari, assim que pronto, o antigo Casarão que em meados do século 19 hospedou o Imperador Dom Pedro 2º, ganhará salas preparadas para receber feiras, exposições, biblioteca, espaços de leitura e “Cafés”.
“O projeto cultural que acompanha o restauro do Casarão é muito dinâmico e proporcionará espaços adequados para eventos, capacitações, assim como exposições permanentes e temporárias. Esses espaços serão adequados para pessoas de mobilidade reduzida, auditiva e visual. Sempre foi nossa preocupação que o Casarão seja universal”, previu o secretário.
A construção do “Casarão do Lembo” teve início em 1842 pelo patriarca e fundador da cidade de Capivari, Antônio Pires de Almeida Moura, que era um influente político naquele período da Segunda Regência.
Falecido em 1852, a viúva de Antônio Pires, Gertrudes de Araújo, vendeu a construção, ainda não terminada, a Manoel Bernardino de Almeida Lima, que a terminou e nela ficou residindo. Foi nessa época que Dom Pedro 2º e a imperatriz Dona Tereza Cristina visitaram Capivari, em setembro de 1878, se hospedaram nela. O local foi tombado oficialmente em 1975, finalizando um processo iniciado seis anos antes. Após anos sem receber projetos de recuperação, o imóvel foi repassado para o poder público em 2021.