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Capela reformada, Quitanda da São Bernardo e Vivenda são apostas para o Turismo em Rafard

Em tempos de pandemia da COVID-19, as atividades e eventos na Fazenda São Bernardo, em Rafard, estão suspensos.

Para não perder tempo e preparar a Fazenda para receber os visitantes, assim que as atividades voltarem, a Abaçaí está com uma programação de limpeza, plantio de mudas, cuidados de preservação e preparação de espaço físico para novidades em 2021.

Toninho Macedo, presidente da Abaçaí Cultura e Arte, associação proprietária da Fazenda São Bernardo, com posse de escritura definitiva desde 2016, conta que os grupos voluntários se revezam durante a pandemia e ajudam a cuidar do casarão e de todo o entorno da fazenda.

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Do lado esquerdo a Capela São Bernardo e do lado direito, ao fundo, construção da Quitanda (Foto: Túlio Darros)

“São muitos os voluntários. Temos os moradores que ajudam, temos os membros da Abaçaí e outras pessoas que gostam da fazenda e nos ajudam a cuidar. Tudo está ficando ainda mais bonito para receber os visitantes, quando as atividades voltarem”, conta Toninho, na expectativa para 2021.

Além do plantio e cuidados de limpeza, a Capela da Fazenda São Bernardo foi recuperada. Voluntários ajudaram na pintura, recuperação da estrutura, jardinagem e todo o entorno da capela foi limpo. E já tem projeto para a construção de banheiros.

No mesmo local, ao lado da capela, está sendo construída uma estrutura que vai abrigar a Quitanda da Fazenda São Bernardo.

“Aqui vamos vender ovos, frutas, pães e muitos outros produtos da fazenda. Vai ter café, caldo de cana e um fogão de lenha que vai fazer cavaca [espécie de broa assada na chapa], curau e pamonha”, conta Macedo. Ele aposta no sucesso do espaço como ponto de encontro na fazenda.

A inauguração oficial da Quitanda de São Bernardo está prevista para março de 2021, no aniversário de Rafard.
Hoje, com 47 anos de história, a Abaçaí já se prepara para as Bodas de Ouro da Associação, que completa 50 anos em 2023.

Da Redação

Toninho Macedo recebeu a equipe do jornal O Semanário na tarde de sexta-feira (4). Ansioso para mostrar as mudanças no casarão e em todo entorno da Fazenda São Bernardo, ele comemorou as conquistas durante o período da pandemia.

O casarão, conhecido por ter abrigado em sua infância, a pintora Tarsila do Amaral, praticamente se transformou em um museu eclético, que mistura história e religião.

No entorno da casa, Toninho fez questão de mostrar a florada dos pés de primavera, os jerivás e a mudas de pitaia. Realmente, o espaço está mais amigável e colorido para receber os turistas.

Dali, fomos convidados a ver a transformação da Capela de São Bernardo. Arriscamos dizer que só os moradores mais antigos a viram tão limpa e bonita desse jeito. Sem dizer que o entorno recebeu o plantio de dezenas de mudas e em outros espaços, ganhou bancos de eucalipto, esculpidos pelos próprios moradores.

A quitanda promete ser uma das futuras atrações da fazenda. É uma nova forma de fomentar o turismo no local, envolvendo os moradores e incentivando à produção de produtos artesanais.

Entre um pé de jaboticaba e outro [estavam forrados e as frutas docinhas], Toninho contou dos planos para dois espaços tombados, que abrigavam o antigo armazém e o clube dos frequentadores do campo de futebol de São Bernardo. Ali, a pretensão é criar um espaço de cultura, com livros e apresentações musicais.

Nossa visita se encerrou em outro casarão logo mais à frente, sob a guarda da ‘dona Cida’, que nos recepcionou carinhosamente. O espaço, chamado de ‘Vivenda’, será um local onde as pessoas poderão vivenciar o contato com os animais [vacas leiteiras, carneiros, galinhas e outros bichos].

Difícil de acreditar que casarões com tantas histórias, foram demolidos em nossa cidade. Este, seria mais um deles, não fosse a interferência da Abaçaí.

É fácil enxergar o potencial turístico da Fazenda São Bernardo como um ponto de partida para colocar Rafard de vez no Mapa do Turismo do Estado de São Paulo. Mais do que apoio político e financeiro, é preciso acreditar e mostrar a capacidade e conhecimentos do povo rafardense, seja no artesanato, na culinária ou na agricultura.

O restante, fica para uma próxima visita, quem sabe, para um dedo de prosa com um café de fogão a lenha na tão esperada Quitanda da São Bernardo.

Ivanete Cardoso

Jornalista - MTB 57.303

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