Saúde

Campinas sofre com a falta de gestão

As notícias sobre a qualidade da saúde pública em Campinas têm caído como uma bomba sobre a população da cidade.

E quem revela a condição de caos e desgoverno no município são as reportagens da imprensa e as imagens de pacientes em diferentes unidades básicas de saúde da Rede Mário Gatti e nas Unidades de Pronto Atendimento do Campo Grande, Ouro Verde e São José.

Deputado Rafa Zimbaldi

O prefeito da cidade, que é médico, não demonstra condução dos problemas e não traz solução assertiva para acabar com a falta de profissionais para atender a população.

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Há relatos em vídeos de pacientes de Campinas que foram dispensados sem atendimento. As longas horas de espera por atendimento na rede de saúde faz com que pacientes fiquem ainda mais em uma situação humilhante que ultrapassa o absurdo.

É inaceitável que uma cidade como Campinas, sede da nossa Região Metropolitana, se encontre nessa condição.
O que ressalto neste artigo é reflexo real de um cenário que traz ainda mais insegurança sobre o estado atual da saúde pública municipal de Campinas. Não há uma clareza sobre a resolução dos problemas atuais.

Será que não existe prefeito na cidade para prever e planejar ações capazes de evitar o caos que, lamentavelmente, todos somos obrigados a conviver?

Com toda certeza reafirmo que falta comando, planejamento e ainda responsabilidade sobre a gestão pública dos recursos destinados à saúde em Campinas.

Para se ter ideia, eu obtive por meio de emenda parlamentar recursos junto ao governo do Estado para a cidade, mas a Prefeitura não apresentou a documentação necessária e o dinheiro não foi liberado. Isso é o maior absurdo que um governante poderia cometer contra a população da cidade.

Nesses três anos do meu primeiro mandato como deputado estadual eu já destinei mais de R$ 120 milhões de recursos para Campinas e Região, isso sem contar minha luta e aprovação pelo programa do governo do Estado, Mais Santas Casas, que prevê R$ 1,5 bilhão para as santas casas e hospitais filantrópicos.

Importante ainda destacar os R$ 50 milhões que obtivemos com apoio e votação favorável de deputados do PL para o Hemocentro e Gastrocentro da Unicamp, mais R$ 25 milhões santas casas nas nossas cidades e mais R$ 7 milhões para a infraestrutura de radioterapia do Caism-Unicamp (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher) para o tratamento de mulheres vítimas de câncer.

Campinas é uma cidade que tem total condições de oferecer uma saúde com qualidade para a nossa população e não é falta de recursos o problema.

Além de verba destinada por mim, a cidade ainda dispõe de orçamento suficiente. Para este ano, o orçamento de Campinas é de pouco mais de R$ 7 bilhões, valor quase 10% maior que o ano passado.

A Saúde e a Educação são as áreas que ficaram com a maior parcela dos recursos. Para a área da saúde, o orçamento previsto é de 1,7 bilhão, sendo R$ 1,3 bilhão da Saúde e R$ 392 milhões da Rede Mário Gatti.

Já a Educação vai concentrar mais de R$ 1,4 bilhão. O problema de Campinas não é falta de recursos para a saúde, mas certamente, e isso todos podemos ver, é falta de planejamento público sobre as demandas de uma cidade tão importante para a sua população e toda a região metropolitana.

Rafa Zimbaldi é deputado estadual pelo PL. Foi vereador por quatro mandatos em Campinas e foi reeleito presidente da Câmara Municipal.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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