“Doar sangue é doar vida”, afirma Ivone Infante
RAFARD – No sábado, 22, acontece em Rafard a 14ª Campanha de Doação de Sangue, na Unidade Mista de Saúde (UMS), das 8h às 12h. De acordo com a Diretoria de Saúde, os requisitos básicos para a doação são: estar em boas condições de saúde; ter entre 18 e 65 anos; pesar no mínimo 50 kg; estar descansado (ter dormido no mínimo seis horas nas últimas 24 horas) e estar alimentado (evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação).
A campanha é realizada pela prefeitura, em parceria com o Rotary Club de Rafard. “Divulgamos a toda população por meio de redes sociais, cartazes, carro de som, jornais e ainda pedimos apoio às igrejas, empresas e grupos de pessoas. Estamos contando com o apoio de todos para que possamos superar nossas metas”, enfatiza a diretora de saúde, Ivone Infante.
Doar sangue, além de ajudar aqueles que lutam para sobreviver, é um ato de humanidade e cidadania. “Doar sangue é doar vida”, diz Ivone. Segundo o jornalista José de Paiva Netto, presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), no Brasil, durante as férias e feriados, cresce a demanda por sangue, devido ao aumento do número de acidentes, mas diminui o número de doadores.
Para a doutora Selma Soriano, médica hematologista e hemoterapeuta da Fundação Pró-Saúde de São Paulo, em entrevista ao programa “Sociedade Solidária”, da Boa Vontade TV, a população deveria doar sangue antes de viajar. De acordo com ela, a demanda em feriados aumenta em torno de 30%, enquanto a doação cai 40%. “Trabalhamos sempre com os estoques limitados”, conta Selma.
A transfusão de sangue, segundo ela, é imprescindível não somente no socorro às vítimas de acidentes graves, mas também no tratamento dos pacientes que estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Para os que lutam contra o câncer que, às vezes, carecem de reposição de sangue e para os pacientes de transplante de órgãos. No caso de doenças congênitas, temos a hemofilia. Isso sem falar nas cirurgias. Nas de grande porte, 60% delas necessitam de transfusão de sangue”, explica a doutora.
Ainda segundo a hematologista, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue, sendo que o ideal seria entre 3% e 5%. No ano passado, em Rafard, a campanha coletou 39 bolsas de sangue, porém, há mais ou menos oito anos a média na cidade era de 120 bolsas. E este ano, como vai ser?