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Câmara aprova lei que proíbe uso de celulares em igrejas e eventos culturais

29/09/2014

Câmara aprova lei que proíbe uso de celulares em igrejas e eventos culturais

De autoria do vereador Gillys Scrocca, projeto foi aprovado na última sessão por nove votos contra dois

CAPIVARI – Na última sessão ordinária, realizada na noite de segunda-feira, 22, a Câmara aprovou, por nove votos contra dois, projeto de lei que proíbe o uso de celulares em igrejas, templos religiosos e eventos culturais como cinemas e teatros em Capivari. De autoria do vereador Gillys Scrocca (PTB), a fixação da lei em locais visíveis, segundo ele, fará com que os usuários fiquem constrangidos de usá-los nesses espaços.

De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no Brasil existem cerca de 273 milhões de aparelhos celulares. A pesquisa revela que São Paulo é o estado com maior número de celulares: são 66 milhões de aparelhos. Em seguida está Minas Gerais, com 26 milhões, e Rio de Janeiro, com 24 milhões.

O pastor Antônio Aparecido Pires, da Igreja Evangélica da Vitória, é a favor da lei. Ele acredita que com ela, o uso de aparelhos celulares dentro da igreja será finalmente combatido. “Eu mesmo, quando estou pregando, falo que o celular precisa ser desligado durante as pregações. O uso de celular tem que ser da porta para fora. Entrou na igreja, desligue ou deixe o mesmo em casa”, comenta.

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Segundo o proprietário do Cine Vera Cruz, Davilson Talassi, é comum ver pessoas atendendo os celulares ou mandando mensagens dentro da sessão de cinema. “Com isso, [eles] atrapalham quem está realmente querendo assistir ao filme”, afirma. Com a aprovação da lei, Talassi disse que colocará um aviso na tela do cinema, informando sobre a nova lei municipal.

Para os vereadores Júnior Pazianotto (PPS) e Valdir Vitorino (PROS), os quais foram contra o projeto, a lei não vai funcionar. “Eu acho que isso é uma questão de educação. Em cinemas, em teatros, já existe a solicitação para que se desliguem os aparelhos celulares. Algumas vezes, a gente sabe que isso aí não é respeitado, mas eu fico preocupado na questão de até poder chamar um guarda municipal, se for solicitado. Pode ter um médico presente que precisa ser chamado com urgência naquele local”, exemplifica Pazianotto.

Na mesma linha, Vitorino acredita que não haverá possibilidade de fiscalizar essa lei. “O padre vai chamar a polícia pra retirar a pessoa? Eu acho que tem que ter respeito. A pessoa que vai numa missa, num teatro, tem que ter o respeito de desligar o celular. É uma lei que não vai ter fiscalização. Eu também me imponho contrário. Lei que não vai funcionar, não adianta a gente votar”, diz firme o vereador.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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