No dia 28 de janeiro, um cachorro, sem raça definida, foi encontrado agonizando e com sintomas de envenenamento por membros da ONG Focinho Carente – Rafard, na praça Padre Manuel Simões de Lima, ao lado do Almoxarifado.
O cachorro, que liberava sangue e espumava muito pela boca, foi levado ao veterinário para o atendimento médico, mas não resistiu e foi a óbito, no dia 30.
Outro cachorro, que também vive na praça do Almoxarifado, foi encontrado com suspeita de envenenamento, no dia 5 desse mês. Como o diagnóstico foi rápido, os devidos cuidados com o animal foram tomados a tempo, ele foi socorrido e está sob observação.
Um B.O. foi aberto pela ONG Focinho Carente para que o caso seja investigado pela Polícia Militar da cidade. Outros casos, com a mesma crueldade, já foram registrados em Rafard.
Segundo moradores próximos ao Almoxarifado, já existe um suspeito que está sendo investigado e observado para que as providências cabíveis sejam tomadas pela justiça.
No final do mês de Janeiro, alguns representantes da ONG estiveram em uma reunião com o Presidente da Câmara Municipal de Rafard, Alexandre Juliano Benatti Juliani (PMDB), e com os vereadores Marcelo Puf (PTB) e Marco Antonio Brigati (PMDB), para discutir sobre a construção de um abrigo para os animais abandonados, entre outros projetos já existentes.
Os vereadores também se propuseram em ajudar a causa, e estudam a possibilidade de implantar o projeto de chipagem nos animais abandonados.
Crime
Geralmente, nos crimes de envenenamentos intencionais, as maiores vítimas são os animais de rua e aqueles que, apesar de terem dono, têm acesso à rua ou ficam expostos à população mal intencionada.
O responsável por esse ato pode ser enquadrado em vários crimes, sendo um deles como Crueldade contra Animais (Lei 3688/41, art. 64 e Lei 9605/98, art. 32). No caso de quem vendeu o chumbinho, o crime é Contra a Saúde Pública (art. 273 parágrafo 1º-B, inciso I e IV do Código Penal).
A pena pode chegar a 12 anos de prisão e multa, dependendo em quais artigos o Juiz enquadrar o caso.
Focinho Carente
A Associação de Proteção aos Animais Focinho Carente nasceu em junho de 2005, por um pequeno grupo de amigos que gostaria de fazer algo para ajudar os animais que perambulavam pelas ruas, oferecendo-os os cuidados necessários para o bom viver.
A ideia surgiu quando os membros participavam voluntariamente de uma ONG em Capivari. Tempo depois, o grupo resolveram criar uma organização própria.
Como a Focinho Carente não possui sede física, desde a fundação, o trabalho segue com grandes dificuldades, onde os colaboradores foram diminuindo com o passar do tempo, e os medicamentos, rações e outros serviços prestados aos animais foram sempre custeados do próprio bolso dos membros.