Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Brasil: como torcemos pelo nosso candidato e nem o conhecemos

O meu ideal político é a democracia, para que todo homem seja respeitado como indivíduo, e nenhum venerado. Albert Einstein (1879-1955), físico alemão

Tenho aprendido com os bons espíritos que dizem que, se analisar quais são suas tendências de agora, perceberá como foi no passado.

Há quem acredite numa vida na Terra e depois sua continuidade no Além, dando sequência ao nosso aperfeiçoamento evolutivo. Crença essa muito consoladora, ainda mais que não perdemos a consciência.

Por outro lado, há pessoas que vivem com plena convicção na pluralidade de existências corporais, sendo a vida única – a vida do espírito, que é perfectível. O céu e o inferno são um estado de alma que se carrega para onde for. Diante do entendimento da mensagem do Cristo, as pessoas podem procurar aprimorar-se, dominando seus defeitos de caráter e vícios, construindo boas relações: “Meu reino não é deste mundo”.

Alguns amigos (professores, terapeuta, engenheiro…) me confessaram estar por demais abatidos com a derrota de seu candidato na eleição, alguns em depressão e outros com ressentimento e ódio. Até chegaram a pedir que em nossa igreja orássemos por eles para superar essa crise.

Como ainda fazemos parte das massas e nos envolvemos no coletivo social, passamos a ser ativistas políticos, e com isso podemos afetar nossa saúde física e mental, dependendo de como lidamos com essas emoções.

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Vocês se lembram de que o candidato Tancredo Neves, disputando a presidência, se envolveu tanto na campanha que não teve forças para assumir? E o atual, que foi derrotado na eleição, se envolveu dia e noite naquele clima de campanha que não se cuidou, entrou em depressão e tem um problema de saúde, uma doença autoimune: “Está com uma ferida na perna, uma erisipela”, revelou o vice-presidente Hamilton Mourão: “Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda?”

O escritor português Eça de Queirós deixou esta frase: “Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo”, porque não são perfeitos e precisamos ir dando oportunidade para outros.

Interessante que, em Araraquara-SP, o espírito Eça de Queirós se aproximou de uma professora de letras, Wanda Canutti, e passou a escrever romances através de sua mediunidade, trazendo por exemplo a mensagem do equívoco que foi o suicídio de político brasileiro em 1954, no livro Getúlio Vargas em dois mundos.

Ex-presidente, Ronaldo Reagan, que passou pela experiência de governar o país ainda número 1 do mundo em desenvolvimento econômico, declarou: “Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira”.

“E então, Arnaldo, o que você disse aos amigos que se envolveram na questão política?” Lembrei que Deus, sendo o controlador do Universo, com milhares de galáxias materiais e espirituais, está tranquilo no comando, e que Jesus, nosso guia e modelo, veio à Terra numa manjedoura e deixou-a ainda jovem, aos 33 anos, numa cruz (não envelheceu…), e disse em suas últimas palavras: “Pai, perdoa porque eles não sabem o que fazem”. Eu ainda também não sei, mas sei que tenho o poder em minha vida de não me deixar atormentar por alguém que nem conheço. Quem semeia colhe. Façamos nossas preces por todos eles.

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