Especialista afirma que levar soluções aos consumidores é mais relevante para conquistá-los do que apenas focar nos preços baixos
O período de promoções no comércio já está mais intenso desde o início de novembro com a proximidade da Black Friday.
O dia de ofertas surgiu nos Estados Unidos e foi instituído na última quinta-feira do mês (neste ano, no dia 25 de novembro). A ideia ganhou o mercado brasileiro, que criou estratégias e tem características próprias.
Muitas empresas do varejo e até do setor de serviços já estão com suas campanhas em vigor, com descontos e condições favoráveis de pagamento para que o consumidor aproveite este cenário por um período maior.
Após alguns anos com este tipo de promoção, quem trabalha com vendas já percebeu que não é apenas o preço baixo que atrai o cliente. Outros fatores também são levados em conta, como o relacionamento e a conexão com o consumidor.
Segundo o consultor e especialista em vendas colaborativas (co-sale) Fábio Torres, as empresas precisam cada vez mais saber sobre as necessidades dos seus clientes e personalizar suas ofertas e condições diante do que o consumidor realmente precisa.
“O vendedor colaborativo vai fazer perguntas estratégicas para conduzir o consumidor a comprar alguma coisa de acordo com a necessidade da pessoa, sem querer vender a qualquer custo.
Ele estará verdadeiramente interessado em saber como pode ajudar e propor uma solução”, afirma Torres.
Ter um bom resultado de vendas neste período pode garantir um fechamento de ano com crescimento e garantir um início de 2023 mais promissor.
Por isso, é essencial que o mercado use o planejamento, criatividade e uma escuta apurada para encantar os clientes em meio a tantas ofertas que aparecem de todos os lados.
“Levar soluções para os clientes é uma estratégia que pode dar mais resultados não só neste período, mas durante todo o ano”, explica o consultor.
Movimento esperado
A Black Friday é uma das principais datas para o comércio brasileiro. Para se ter ideia, em 2021, somente no mercado on-line, as vendas nesse período movimentaram R$ 4,2 bilhões, com ticket médio de R$ 753, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Neste ano, a entidade considera que as expectativas de faturamento são ainda melhores com a Copa do Mundo, além do pagamento da primeira parcela do 13º salário e o início das compras para as confraternizações de fim de ano.