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Bispo de Piracicaba viaja a Roma para encontro com Papa Francisco

O bispo de Piracicaba, Dom Devair Araújo da Fonseca, viaja nesta sexta-feira (23) para Roma, onde participará com o episcopado paulista de reuniões, celebrações e de uma audiência com o Papa Francisco.

Trata-se da chamada Visita Ad Limina Apostolorum, uma peregrinação aos túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo, que deve acontecer a cada cinco anos. O bispo emérito Dom Fernando Mason também fará parte do grupo.

Dom Devair, que foi nomeado para a Diocese de Piracicaba por Francisco, já havia se encontrado com o Papa anteriormente, mas esta será a primeira vez que participará da Visita Ad Limina.

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“Isso deveria ter acontecido em 2020, mas devido à pandemia esses encontros foram sendo adiados”, lembrou o bispo, que fará um discurso como relator da visita ao Dicastério para Leigos, Família e Vida, já na segunda-feira (26), primeiro dia da peregrinação. O encontro com o Santo Padre ocorrerá na manhã de quinta-feira (29), na Biblioteca Vaticana.

Bispo Dom Devair Araújo da Fonseca é o novo ‘pastor’ da Diocese (Foto: Paulo Gomes/Diocese de Piracicaba)
Bispo Dom Devair Araújo da Fonseca é o novo ‘pastor’ da Diocese (Foto: Paulo Gomes/Diocese de Piracicaba)

Os bispos do Estado de São Paulo, que compõem o Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foram divididos em dois grupos para a peregrinação deste ano. Um primeiro grupo, do qual faz parte o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Scherer, chegou ao Vaticano na segunda-feira (19) e fica até este final de semana. A próxima delegação cumprirá compromissos em Roma de 26 a 30 de setembro. Dom Devair deve partir de regresso ao Brasil no dia 2 de outubro.

Como o período em que estará no exterior coincide com o primeiro turno das eleições gerais no Brasil, o bispo de Piracicaba comentou o assunto após a Santa Missa do último domingo (18). Assista à mensagem de Dom Devair sobre as Eleições 2022, acesse este link: https://www.youtube.com/watch?v=anUcNuXOR1Q.

Comunhão

Seguindo a Tradição e legitimados pela sucessão Apostólica, mantida pelo Catolicismo longo dos séculos, os bispos devem realizar periodicamente a peregrinação à Diocese de Roma para manifestar a comunhão eclesial com o Papa Francisco, sucessor do Apóstolo São Pedro.

É uma oportunidade de promover a comunicação entre as dioceses e a Santa Sé. Segundo o Diretório da Visita Ad Limina, de 1988, isso ocorre por meio de “um intercâmbio de informações e uma divisão de solicitude pastoral sobre problemas, experiências, sofrimentos, orientações e projetos de trabalho e de vida”.

Fundamento bíblico

Na Carta aos Gálatas, São Paulo escreve: “três anos mais tarde, fui a Jerusalém, para conhecer Céfas [Pedro], e fiquei com ele quinze dias” (1, 18). Assim, o apóstolo indica sua conversão a Nosso Senhor Jesus Cristo e a convicção de seu chamado.

O mesmo livro bíblico relata que, quatorze anos mais tarde, Paulo encontra-se novamente com São Pedro para partilhar a ação evangelizadora junto aos gentios (cf. 2, 2).

Tais fatos narrados nas Sagradas Escrituras demonstram a comunhão da Igreja desde os primeiros anos com Pedro, a quem Jesus confiou o pastoreio dos fiéis na Terra (cf. Mt 16,19).

Além do fundamento bíblico, a visita do episcopado ao Papa representa, conforme o documento de 1988, “um enriquecimento de experiências ao ministério petrino e ao seu serviço de iluminar os graves problemas da Igreja e do mundo entendidos em conotações diferentes de acordo com os lugares, os tempos e as culturas”.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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