Como vimos, os homens sacrificam-se para obter juventude, saúde e vida eterna, desde que seja pela magia, ainda que seja irrazoável. Difícil é seguir o mais racional: alimentação natural, 2,5 litros de água diariamente, exercícios físicos, tomar sol nos horários adequados, temperança, repouso, ar puro e confiança em Deus.
O ser humano está mais disposto a assimilar crendices do que praticar as recomendações médicas e bíblicas. Deus é a Inteligência Universal, o Criador dos céus e da Terra, de tudo o que neles existe, animais, vegetais e minerais (redundando) e dos homens. Davi exalta o Criador dizendo que Ele o fez no ventre materno, assombrosamente maravilhoso (Sl 139:14).
Todos os complexos sistema muscular, ósseo, digestivo, respiratório, nervoso são obras do Todo Poderoso, Onisciente Jeová. Que maravilhoso computador é o nosso cérebro foge à compreensão dos especialistas, neurocirurgiões e geneticistas! Todo o conhecimento dos maiores gênios da humanidade vem de Deus, seus cérebros têm a origem na mente divina; Ele os fez!
O Criador é perfeito, portanto, tudo o que faz é perfeito, todas as ciências (não a pseudociência) são coerentes e coesas com a Palavra de Deus, em nada se contradizem, uma vez que têm a mesma Fonte. “… único Soberano, Rei dos reis, e Senhor dos senhores, o único que possui imortalidade… A Ele honra e poder eterno! Amém!” (1Tim. 6:15-16). Friso, somente Deus é imortal.
Na França, no séc 18, surgiu o iluminismo, movimento de filósofos e outros intelectuais, em repulsa aos abusos e prepotência dos reis e do clero Católico. Os iluministas criaram teorias e doutrinas, e foi tanta a sanha contra a religião e contra os absolutistas que se tornaram dogmáticos, absolutistas, e até crudelíssimos.
Defendiam ceticismo, deísmo, materialismo, racionalismo, ateísmo (Deus não existe). Raymond Kurzweil, inventor, premiado várias vezes por pesquisas científicas, engenheiro da computação da Google, escritor e pensador, diz que Deus existirá só em 2020, quando a tecnologia permitir que a Inteligência Artificial se equipare ao homem, ou, em 2045, quando os robôs superarem os humanos; então vamos transcender nossas limitações e não haverá mais morte.
Ele fundou a Universidade da Singularidade (cujo objetivo é a busca da eternização do homem com saúde e acelerar os avanços tecnológicos) patrocinada pela Google. Para ele Deus é a tecnologia. E defende: “O melhor da humanidade ainda está por vir”. Entretanto, Kurzweil é obsessivo na sua dieta, recomendando: hábito alimentar saudável, terapia antienvelhecimento, 8 copos diários de chá verde adoçado com estévia, 1 taça de vinho diária, vitaminas injetáveis na veia, resveratrol da semente de uva – ele chega a tomar 230 cápsulas por dia em clínica especializada. “Nestes 20 anos, envelheci 2”, disse o cientista (Veja, 15/06/2011, p. 148). Nietzsche escreveu “Deus morreu”.
O racionalismo é o que mais se opõe ao cristianismo. Os iluministas humanizaram Deus e divinizaram o homem (Humanismo). A razão é um deus no homem, capacitando-o a resolver todos os problemas, a acabar com as guerras, a elucidar todas as questões pendentes das ciências.
O homem se desenvolverá sempre, inclusive, encontrará o “elixir da longa vida”, e, solucionará o grande problema da morte, findando esse tormento para a felicidade de todos. Neste caso, o “homem divinizado”, não necessita de Deus.
O conhecimento médico e científico auxilia muito na manutenção do corpo humano e sua longura vital, contudo, nada adianta sem alimentação adequada, tomar água, higiene, luz solar, domínio próprio, ar puro, exercício físico, repouso e paz. Deus nos responsabiliza, como mordomos, pela conservação de nossa saúde física, mental, moral, emocional, e nos pedirá conta (1Cor 3:16-17).
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Cor 10:31). Assim, com sabedoria, esforça por ter saúde; terá mais disposição, alegria, menos sofrimento e longa vida. No entanto a longevidade não é eterna. A imortalidade pertence a Deus. Nosso Pai Celeste deseja que tenhamos saúde (3 S. João 2), e vivamos longamente; “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10).
A morte é inimiga do homem e de Deus, mas será derrotada (1Cor 15:52-57) quando Ele voltar (1 Co. 15:13-18). Não quero ser imortalizado pelas minhas obras, mas sim não morrendo”, disse kurzweil. Jesus Cristo morreu na cruz, para que vivamos eternamente, único remédio. Ele o ama.
ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim, professor de Filosofia, Ética e História. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.