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Bíblia sem preconceito – 32

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Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Tecer um resumo sobre sociedades secretíssimas como a Companhia de Jesus e a Maçonaria, antagônicos entre si, protagonistas na formação histórica e filosófica da humanidade, é tarefa hercúlea, mas vamos tentar entrelaçá-las e compará-las com os ensinos bíblicos.

Ambas tiveram a mesma herança militar e religiosa dos Templários, desde a origem antipática, uma à outra, as duas foram extintas pelo Vaticano como ordens religiosas, trabalham enfaticamente o imaginário, as duas conceberam a heliolatria e outras práticas mitraistas do hinduísmo. As duas possuem segredos hermeticamente selados e seus delatores são severamente punidos, até com a morte.

Os jesuítas, afeitos às cruzadas contra árabes, judeus, albigenses e valdenses “tal mãe, tais filhas”; foram expulsos de vários países, inclusive do Brasil, por enriquecimento ilícito, intromissão na política e atrasar o desenvolvimento cultural. Os jesuítas imiscuem-se habilmente na educação, na política – no Legislativo brasileiro há o GPC (Grupo de Parlamentares Católicos) que trabalha para votar de acordo com os interesses católicos – agora também há o hobby “protestante”.

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Como escreveu Mirabeau: “… não basta mostrar a verdade, é necessário fazer com que o povo a ame, é necessário apoderar-se da imaginação dos povos”. Assim esses padres elevavam sua santidade e heroísmo diante do poder diabólico e da fragilidade das gentes pecadoras predestinadas ao fogo do inferno, dependentes da autoridade dos inacianos, prometedores do paraíso.

A Igreja Católica era a cultura oficial, os escritores eram padres, controlava as faculdades e os professores, cujos ensinos eram conformes seus objetivos. Os jesuítas usavam do “Os fins justificam os meios”, tornando-se eles mesmos crédulos, podiam mentir, com ou sem reservas, matavam, não mantinham a palavra empenhada, confirmavam a teoria agostiniana da predestinação, mas ensinavam a salvação pela compra de indulgências e relíquias, através das missas pelos mortos, pelas penitências, a veneração e invocação dos santos e o costume de acender velas. Cultuam imagens de vários deuses e santos e doutrinas recebidas do mitraismo.

A Maçonaria tem seu simbolismo e sistema de crenças alicerçado na herança religiosa dos hindus, egípcios, do esoterismo, da cabala e da construção do templo salomônico (vide artigo 29, 23/8/19).

Ela é um cadinho com esse mix de crenças, simbolismos e práticas místicas. A construção de seu templo é baseada nos “3” deuses egípcios (Ísis, lua, seu esposo Osíris, sol, morto por Seth, mas ressuscitado por Ísis, e o filho Hórus). Os maçons são dirigidos pelos 3 veneráveis-mestres, usam 3 pontinhos no final da assinatura, 3 são os patronos, são divididos em 3 graus, possuem 3 colunas (Sabedoria, Força e Beleza), tudo, na construção, prática e culto lembra os 3 deuses.

Entretanto, destacam Osíris, o Mitra zoroastrista: acendem velas, começam a reunião mencionando a presença do sol, e a ausência do Sol ao terminar, como diz o Vigilante ao Venerável, que trabalham do meio dia à meia noite em “homenagem” a “Zoroastro”, fundador do mitraismo.

Na pirâmide um olho esquerdo onividente, é o GADU, (Sol, deus Vulcanus, deus do Fogo, que faz cintilar a estrela de sete pontas e a espada flamígera e o barrete. No teto, o céu azul com o zodíaco, o Sol e a Lua, assemelhado às catedrais gregas e católicas, uma cópia quase exata do templo egípcio de Luxor.

Construíam-se igrejas católicas com a porta principal voltada para o sol, acendem velas, possuem figuras do Sol, as imagens envoltas pelos raios solares, os sacerdotes tinham a tonsura (disco solar), guardam o domingo em honra ao deus Sol, segundo o mitraismo.

Os cristãos guardam o sábado segundo a ordem bíblica (Ex 20:8-11), como Jesus, os apóstolos, Sua mãe Maria o guardaram. Nos calendários inglês Sunday e no alemão Sonntag (dia do sol) são reminiscências do mitraismo.

A Maçonaria faz constar a presença de figuras do Mitra e de outros deuses: Apolo e Vênus, ladeando o altar de juramento (são joias irremovíveis), na mesa do secretário a figura do deus babilônico Nebo (deus da sabedoria), contam ainda com os deuses Mercúrio e Hermes. Deus, o Criador nos adverte: Não farás imagem de escultura, não inclinarás diante delas (Ex. 20:4-6).

Os maçons são advertidos contra os vícios, contra a ociosidade e admoestados a fazer a beneficência. Contribuem para uma caixa assistencial entre a irmandade, mas usam da filantropia para com os demais. A família de seus membros são assistidos quando necessitados ou enlutados.

ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim, professor de Filosofia, Ética e História
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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