Como analisado no artigo anterior Cristo foi uma pessoa real, fez parte da sociedade e de sua história, mencionado por eminentes historiadores contemporâneos Seus. D. Brown escreveu “O Código de Da Vinci”, James Cameron, “O Perdido Túmulo de Jesus”, Holger Kersten e Elmer R. Gruber, “A Conspiração de Jesus”, dizendo ser os relatos bíblicos a respeito de Jesus reproduções de mitos, ou, criação dos membros de uma sociedade secreta do séc. 1. Dizem que Jesus não morreu na cruz, não ressuscitou, mas foi morar noutro lugar e casou-Se com Maria Madalena. Outra imaginação diz, que Jesus foi morar na Índia, onde aprendeu a magia para enganar os povos com Seus “milagres”. Que o irmão gêmeo de Jesus assumiu Sua identidade pós-crucifixão. Outra sugestão, que a Bíblia é inspirada nos 12 signos e nas ciências egípcias e babilônicas para criar as 12 tribos de Israel, os 12 profetas e apóstolos. Esses escritos são fantasiosos e inverossímeis. Por exemplo, segundo os astrônomos, os signos do zodíaco é do séc. 5 ou 4 a.C. enquanto Moisés escreveu no séc 15 a.C. Alguns, falsamente, fundem a história de Jesus com o mito do deus egípcio Oros, que nasceu da virgem Isis no dia 25 de dezembro, anunciado por uma estrela do oriente, adorado por 3 reis, aos 12 anos, tornou-se mestre de 12 discípulos, foi batizado no rio pelo profeta Anup, conhecido por ungido, fazia muitos milagres, ressuscitou Osiris, o Lázaro, foi crucificado e reviveu. De acordo com especialistas, Oros é filho de Isis e Osiris e nada existe que corresponda ao mito. Também assemelham a história de Jesus à de Dionísio, o deus do vinho porque Jesus usou suco de uva na santa ceia e haver nascido em 25 de dezembro. Dionísio era amante de orgias e bebedeiras conhecido por Baco (daí bacanal). O mito de Dionísio difere muito da história de Cristo. Dionísio era filho de Zeus com sua amante Sêmele. Ela morreu antes do nascimento da criança. A gestação de Dionísio foi terminada na cocha de seu pai. Diz o mito que Dionísio ficou louco e curado pela deusa Cibele. Nada semelhante à história de Jesus. A data natalícia, 25 de dezembro, é a mesma de Mitra e de Oros, mas não é de Jesus (já analisamos em outro artigo). Essa data foi criada pelo Papa Júlio 1 e foi conveniada, mas nenhum estudioso aceita tal absurdo. Há quem veja a história de Cristo alicerçada no mito do deus hindu Krishina, morto numa batalha com uma flechada. O dr. Edward Bryam, professor da Universidade de Rochan, escritor sobre o hinduísmo e sobre Krishina diz não haver semelhança alguma entre o mito de Krishina e a história de Jesus.
A maior diferença entre tais mitos e a história de Jesus é que Cristo morreu, ressuscitou e hoje, intercede em favor dos pecadores para salvá-los, o que não encontramos na mitologia dos deuses não cristãos. Atualmente poucos questionam a existência pessoal de Jesus. Os incêndios da biblioteca de Alexandria em 641 a.C. por Omar e o de Roma por Nero destruíram muitos documentos e outros mais se perderam com o tempo, talvez por isso, não tenhamos tantos documentos sobre Jesus, Alexandre o Grande, Nabucodonosor, a não ser os bíblicos e os descobertos pela arqueologia tardiamente. O fato de termos a história dividida em “Antes” e “Depois de Cristo”, a formação monoteísta e teocrática da nação judia, a lei moral e sua influência na sociedade hodierna, as instruções bíblicas sobre o proceder amoroso diferenciado dos costumes belicosos do Seu tempo não podem negar a realidade. Não bastasse isso tudo, as descobertas arqueológicas, citadas por Tácito: pedra, do teatro de Éfeso, com o nome de Tibério, imperador e de Pilatos, governador da Iduméia, contemporâneos de Jesus (Lc 3:1); o jazigo de Pilatos com seu nome, ossos de crucificados desenterrados (castigo comum infligido pelos romanos desse tempo) acentua a veracidade. A cruz era alta na qual havia um suporte para o corpo sentado e curvado de tal modo, que a pessoa ficava em forma de um “Y”, pregado mãos e calcanhares, dificultando a respiração. Sobre o castigo de crucificar os condenados a história é recheada com fartos documentos, foram milhares de penitentes, como relatam os historiadores. A palavra grega usada é “staurós” que se traduz como estaca, cruz (com certeza cruz – Mt 27:32,38,40; Lc 23:26; João 19:17). Era para vergonha pública; o condenado pregado totalmente nu, deixado para ser devorado pelas aves de rapina ou pelas feras. Mas por que Jesus morreu sendo Inocente?
O mesmo Deus é a origem da ciência e da Bíblia. Quando se conflitam lembremos: a ciência pode ser a palavra de homens, mas a Bíblia continua sendo a Palavra de Deus.
ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História
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