ColunistasLeondenis Vendramim

Bíblia sem preconceito

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História

Começo esta série de artigos lembrando-me dos ditos de um dos maiores cientistas, Isaac Newton, físico, astrônomo, matemático, poliglota, tradutor dos livros de Daniel e Apocalipse; são suas algumas frases que precisamos ter em mente ao estudarmos a Bíblia: “O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano”. ”Não há filosofia mais sublime que a conhecida pelo nome da Sagrada Escritura”. “Os erros não estão na arte, mas nos artífices”. Assim os erros não estão com Deus e Suas obras, mas com os Seus intérpretes. Os respeitados Platão e Aristóteles diziam que os mais sábios são os filósofos, porém, filosofia significa amigo da sabedoria não sua posse, assim com assertiva Sócrates, disse: “Uma coisa sei, é que eu nada sei”. Professor Kümpell, meu mestre de teologia dizia: “não há maior sábio do que o estudante do curso médio, que na faculdade descobre que nada sabe”. Em quaisquer ciências, temos de admitir nosso limitado conhecimento, e não é diferente com relação ao conhecimento bíblico. Muitos são rápidos para criticar, mas são ecléticos ineptos e autólatras.

A Bíblia é a “Palavra de Deus” no sentido mais estrito e simples. Ele é o Criador de todas as coisas e de todos os seres, e, por conseguinte, de todas as ciências. Portanto a Bíblia contém todas as ciências: Geologia, Arqueologia, Paleontologia, Ontologia, Teogonia, Astronomia, Filosofia, Teologia, Física, História, e todas as demais. Sua linguagem e academicismo são tão simples que ninguém precisa errar, mas progressivamente tão aprofundados que os mais eruditos precisam de dedicado esforço intelectivo “A gravidade explica os movimentos dos planetas, mas não pode explicar quem coloca os planetas em movimento” (Newton). Entender todos os mistérios da Escritura Sagrada e da natureza seria a pretensão impossível de se igualar a Deus.

Bíblia é uma palavra originária da língua grega e significa livros, daí a palavra biblioteca. Bíblia é um conjunto de 66 livros; 39 do V.T. (Velho Testamento) escritos antes de Cristo e 27 do N.T. (Novo Testamento) escritos depois de Cristo. Na Bíblia católica há 7 livros e alguns versículos adicionados ao livro de Daniel considerados não inspirados pelo Espírito Santo. A maior parte do V.T. foi escrita em hebraico antigo com influência do egípcio e da língua cananeia; o restante na língua mishnaica (hebraico encontrado na era apostólica). O N.T foi escrito na língua aramaica e grega, sofrendo influência do latim.

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Os autores, alguns poucos letrados, pescadores, contudo não ignorantes, outros de extraordinária cultura eclética, poliglotas como Paulo, Moisés; os profetas e sacerdotes eram poetas altamente cultos. Os israelitas tinham muitas escolas com frequência obrigatória. Uma grande, senão a maior parte da Bíblia é literatura poética. Seu vocabulário é riquíssimo e aborda as mais variadas ciências. Mesmo escrita dentro de uma amplidão de 1500 a.C. até o ano 100 d.C., por homens de diferentes culturas, em diferentes épocas, mostra-se um conjunto coerente, coeso e uníssono. Os arqueólogos têm seguido as revelações bíblicas e suas descobertas comprovam a veracidade bíblica, assim tem acontecido quando os cientistas deixam a teoria e alcançam a ciência dos fatos. Depois do criticismo, editaram livros como “A Bíblia Disse a Verdade”, “E A Bíblia Tinha Razão”, “Deuses, Túmulos e Sábios”.

A descoberta dos Documentos do Mar Morto, na região de Qumran, em 1947, foi uma colaboração divina para sepultar de vez a incredulidade na Palavra de Deus. Esses documentos são trechos da Bíblia hebraica, conservados graças ao clima seco do deserto da Judéia. Esses rolos foram escondidos nas cavernas, talvez pelos essênios, durante a guerra contra os romanos de 66-73 d.C. Muitos, já traduzidos como algumas partes da Lei de Deus, Gênesis, Levíticos Deuteronômio, Samuel, Juízes, Salmos, Isaias, Daniel, Habacuque e outros, conhecidos como Nash papyrus. Eruditos e arqueólogos são unânimes em dizer que esses documentos são genuínos e foram escritos entre os séculos 3 e 1 antes de Cristo. Agora temos a certeza de que a Bíblia atual é com pouquíssimas exceções, muito semelhante à do tempo de Jesus. Esses rolos são eloquentes testemunhas da fidelidade da tradução hodierna do V.T. lido e recomendado por Cristo. Deus disse: “Eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir” (Jr. 1:12). Que Deus maravilhoso! Preservou a Bíblia como guia seguro para nossa vida!

ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História
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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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