Representantes dos quatro municípios atendidos pela Santa Casa (Capivari, Rafard, Mombuca e Elias Fausto) se reuniram com diretores da entidade para buscar soluções para a reativação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), melhorias no Pronto Socorro e o combate ao déficit financeiro do hospital, que hoje ultrapassa R$ 1 milhão ao ano.
Os diretores Fernando Barrios e Dorival Pagotto, acompanhados pelo diretor técnico Vitor Colmanetti e pelo diretor clínico Antonio Carlos Munhoz, apresentaram aos representantes dos municípios um panorama da situação da entidade para que o grupo pudesse propor alternativas na busca do equilíbrio financeiro da Santa Casa.
“A situação hoje não é mais de passar o chapéu, mas de dividir responsabilidades e, mais que isso, compartilhar ideias”, ressaltou Pagotto, membro do Conselho Gestor do hospital.
Segundo os diretores, atualmente 80% da receita da Santa Casa é gasta com folha de pagamento. Os 20% restantes são destinados ao custeio de despesas inerentes a um hospital, como compra de oxigênio, medicamentos, manutenção, alimentação e tantas outras. “São despesas fixas para atendermos às exigências da legislação”, disse Barrio.
Diante dos números apresentados, o prefeito de Capivari, Luís Donisete Campaci (PMDB), elencou como prioridades a urgente reativação da UTI, adequações nas dependências do PS e o combate ao déficit anual do hospital. “Quanto ao Pronto Socorro, espero em curto espaço de tempo concretizar a sua transferência para outro espaço na Santa Casa, mais adequado e com condições dignas para um atendimento humanizado aos pacientes”, disse.
Campaci lembrou que a Prefeitura já fez o projeto de engenharia e orçou os custos para reforma da UTI, estimados em R$ 100 mil. “O problema maior está na manutenção, pois cada um dos sete leitos custa cerca de R$ 1 mil a diária e o SUS repassa apenas R$ 478,00. Faremos, diretoria do hospital e prefeituras, uma mobilização nos governos estadual e federal para que isso seja revisto”, garantiu.
Neste sentido, o prefeito de Elias Fausto, Cyro da Silva Maia (PT), assumiu o compromisso de agendar uma reunião junto ao Ministério da Saúde para discutir o problema. Já Campaci será o interlocutor junto à Secretaria de Estado da Saúde.
“Com referência ao déficit da Santa Casa de quase R$ 1 milhão por ano, vamos envolver o governo federal, o governo do Estado, as empresas e a população das quatro cidades atendidas para que a Santa Casa continue funcionando. É uma luta difícil, mas que tem que ser enfrentada, inclusive pelo prefeito de Capivari, de Elias Fausto, de Mombuca e de Rafard”, destacou Campaci.
Os prefeitos de Rafard, Márcio Minamioka (PMDB), e de Mombuca, Marcos Poletti (sem partido), não compareceram ao encontro e foram representados, respectivamente, pela diretora de Saúde Maria Aparecida de Oliveira e pelo diretor financeiro Walter de Moraes. O vereador rafardense Dídimo Alves Miranda (PSDB) também participou do encontro.